|
Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/10174/4996
|
Title: | A PRAÇA DE GIRALDO E O SEU PAPEL NO DESENVOLVIMENTO URBANO DA CIDADE – ÉVORA, PORTUGAL |
Authors: | Tereno, Maria do Céu Monteiro, Maria Filomena |
Keywords: | Évora, Praça do Giraldo, património, Praças, desenvolvimento urbano. |
Issue Date: | 14-Nov-2011 |
Abstract: | A cidade de Évora viu-se, durante períodos bem definidos, ocupada por diferentes povos, com origens geográficas distintas, logo costumes, religiões e características bastante diferentes. À linearidade da cidade planeada dos povos romanos, seguiram-se a rudeza da cultura goda e a doçura poética da muçulmana. Estes tão diferentes legados constituíram contudo o lastro sobre o qual a urbe medieva eborense se desenvolveu, após a reconquista cristã.
Se até finais do século XII os centros dos poderes, civil, político, militar, económico e religioso da cidade se situavam anexos ao edifício da Sé, local privilegiado central à área urbana amuralhada, nos séculos seguintes (XIII a XV) tal centro decisório foi progressivamente sendo transferido para espaço mais amplo, fora de “muros”.
As antigas “Praça”, “Praça Grande” e “Praça do Pão” ou a actual “Praça de Giraldo” foram alguns dos topónimos que tal espaço assumiu ao longo dos séculos. Ocupando o Rocio, da primitiva Porta de Alconchel, e constituindo um espaço de cruzamento de vias de acesso à cidade, a sua configuração acompanhou o desenvolvimento dos antigos fossos da urbe. A construção em finais do século XV do edifício da Câmara Municipal num dos topos do espaço, o posicionamento embora muito anterior da antiga ermida de Stª. António o eremita, situada no topo contrário do espaço, definiu um eixo longitudinal que se acentuou com a progressiva edificação de outros edifícios públicos. Foram exemplo dessa construção privilegiadamente localizadas os “Estaus” do rei, a casa do peso assim como diversas tendas pertença do município. Era este o espaço de venda dos mais diferenciados produtos produzidos nos arredores férteis da cidade ou vindos de paragens longínquas através dos inúmeros mercadores, habituais nestas paragens. A Judiaria da cidade desenvolvendo-se por sua vez em área próxima, interligava o poder económico de ambas as culturas. O pelourinho e fonte pública abastecida com água proveniente de poço do município, situado no interior da zona amuralhada primitiva, constituíam então equipamentos urbanos de marcante significado nesta praça
Com o bulício crescente que este espaço foi adquirindo a casa real transferiu o seu paço para zona mais desafogada e calma, embora situada mais afastada do centro económico da cidade. Reforçou assim, involuntariamente, a importância da via que saindo da Praça dava acesso ao seu Paço, novo local decisório sempre que aí estivesse.
Mais do que os traçados as Praças vivem, transformam-se e perduram através das funções e poderes nelas instituídas ao longo dos séculos. São estes que definem, reforçam ou mesmo anulam progressivamente a vivencia de tais espaços públicos. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/4996 |
Type: | lecture |
Appears in Collections: | ARQ - Comunicações - Em Congressos Científicos Internacionais
|
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.
|