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http://hdl.handle.net/10174/4990
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Title: | Resultados serológicos que demonstram a ocorrência de infecções pelo vírus do Nilo Ocidental (WNV) em equinos e aves em Portugal (2004-2011) |
Authors: | Fevereiro, Miguel |
Keywords: | West Nile Virus WNV |
Issue Date: | 2011 |
Abstract: | O vírus West Nile (WNV) foi originalmente identificado no distrito West Nile no Uganda, tendo sido isolado pela primeira vez em 1937. No ciclo biológico deste flavivírus estão envolvidos mosquitos e aves que servem de multiplicadores e reservatório de vírus. Os humanos e equinos são hospedeiros acidentais e finais. Os primeiros surtos epidémicos de encefalite provocados pelo WNV em humanos e equinos registaram-se nos anos 50 e 60 do século passado em Israel e França. Em consequência dos casos de doença e morte registados em humanos, aves e equinos, particularmente nos deltas dos rios Danúbio e Volga e após emergência do vírus em 1999 nos EUA, o WNV passou a ser considerado um problema de saúde pública e animal. Nos últimos anos (2004-2010) registaram-se numerosos surtos da doença nos países da bacia mediterrânica. Em Portugal, o vírus foi isolado pela primeira vez em 1971, em mosquitos, pelo Prof. Armindo Filipe. Para o rastreio desta virose, o LNIV utiliza testes ELISA e de seroneutralização para detecção e confirmação de anticorpos WNV, respectivamente. A pesquisa de vírus é efectuada com recurso ao isolamento do vírus em cultura de células e a técnicas moleculares de diagnóstico (RT-PCR). Os rastreios serológicos realizados entre 2004 e 2011 em equinos e aves, revelaram a presença de anticorpos para o WNV em ambas as espécies. Das 116 aves estudadas, 23 (19,8%) foram positivas, com títulos de anticorpos neutralizantes relativamente baixos (20-40). Entre as espécies de aves seropositivas encontram-se águias, corujas, cegonhas, flamingos, avestruzes, nandus e íbis. Em cavalos, das 1509 amostras testadas, 44 (2,9%) foram positivas a anticorpos neutralizantes com títulos que variaram entre 16 e 2560. Todas as amostras analisadas foram colhidas de animais aparentemente saudáveis, com excepção de duas provenientes de éguas pertencentes a uma exploração situada na região de Setúbal. Estes dois animais apresentavam sintomas neurológicos e no exame serológico foram detectados anticorpos IgM para o WNV, indicando uma infecção recente. Uma égua morreu e a outra recuperou, registando-se nesta uma subida muito significativa do título de anticorpos neutralizantes. O WNV não foi detectado por RT-PCR nas amostras de sangue de equinos (n=558) e aves (n=886) incluídas neste estudo. Contudo, os dados serológicos obtidos demonstram a presença e circulação do WNV no nosso país. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/4990 |
Type: | lecture |
Appears in Collections: | MVT - Comunicações - Em Congressos Científicos Nacionais
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