Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/4945

Title: “Stockhausen: Licht (I e II)”
Authors: Amaral, Pedro
Keywords: Stockhausen
Licht
Issue Date: Dec-2011
Publisher: RDP - Antena2
Abstract: Stockhausen, Licht: composta entre 1978 e 2003. Cerca de um quarto de século de composição praticamente ininterrupta permitiram a Stockhausen concretizar o seu imenso projecto de uma “heptalogia”, conjunto de sete óperas, cada uma das quais ligada a um dia da semana, para vozes instrumentos e bailarinos solistas, coros, orquestras, corpo de bailado, mimos e electrónica. Inicialmente concebido como um “Teatro de Deus”, “Licht” [“Luz”] coloca em cena três personagens simbólicas principais: Michael (o anjo dos exércitos celestes, etimologicamente, o “que é como Deus”), Eva (a figura feminina, materna) e Lúcifer (anjo com vontade própria, adversário de Deus e de toda a criação humana). Há quem veja esta obra imensa como uma cosmogonia, com as suas figuras míticas, a sua simbologia própria, as suas forças incarnadas. Sete óperas, uma “heptalogia” que constitui certamente a mais ampla, a mais extraordinária aventura operática da segunda metade do século XX. Stockhausen, Licht [“Luz”]: sete óperas, uma “heptalogia”, seguindo o ritmo dos dias da semana. A cada ópera está associado um dia que lhe dá título: Segunda-feira de Luz, Terça-feira de Luz, etc., etc. Ao longo destes sete dias – como através de uma viagem iniciática – assistimos a uma visão possível da história do homem através de três personagens centrais: a do próprio homem (aqui representado pela figura de Michael), a da mulher (Eva: a mulher, a mãe) e uma figura mais ambígua, feita de luz e trevas, figura da tentação e do conflito (aqui encarnada por Lúcifer). O eco religioso cria uma incontornável grelha de leitura: Michael é construído à imagem do arcanjo, aquele “que é como Deus”, e que Stockhausen via Stockhausen como uma representação do próprio Cristo que, sendo deus, se fez homem. Eva é a mulher, a primeira mulher (não Maria, reparem) – e aqui, como sempre, Stockhausen inspira-se livremente no Antigo e no Novo Testamento. Quanto a Lúcifer, tal como desenhada por Stockhausen, a personagem segue quase o sentido etimológico do nome: não é tanto um diabo negro, mas, pelo contrário… lúci-fer, “lucem ferre”, aquele que “traz a luz”.
URI: http://hdl.handle.net/10174/4945
Type: lecture
Appears in Collections:MUS - Comunicações - Em Congressos Científicos Nacionais

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