Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/37223

Title: Quisto etmoidal num cavalo lusitano: da radiografia à TAC
Authors: Cascais, João
Cardoso, Madalena
Monteiro, Susana
Guimarães, Helena
Lamas, Luís
Santos, Inês
Uva, Marta
Pinto, António
Keywords: Equino
Quisto
Etmoide
Radiografia
TAC
Cirurgia
Issue Date: 1-Mar-2024
Citation: Cascais J, Cardoso M, Monteiro S, Guimarães, H, Lamas L, Santos I, Uva M, Pinto A (2024) Quisto etmoidal num cavalo lusitano: da radiografia à TAC. Revista Portuguesa de Ciências Veterinárias. Livro de resumos das 15as Jornadas Internacionais do Hospital Muralha de Évora, 119(625), 38-39.
Abstract: Introdução e objetivos: A ocorrência de sinusite secundária em equinos (jovens) está frequentemente associada à existência de quisto ou hematoma etmoidal que invade posteriormente os seios paranasais. O diagnóstico imagiológico pode ser feito radiograficamente, apesar das limitações inerentes ao seu plano estático e à complexidade anatómica da região, mas a obtenção dinâmica de imagens simultâneas em múltiplos planos com recurso à tomografia axial computorizada (TAC) permite ultrapassar essas dificuldades, contribuindo para um planeamento pré-cirúrgico detalhado e análise prognóstica. A revisão deste caso clínico teve como propósito apresentar uma patologia não reportada em cavalos lusitanos, cuja investigação multimodal facilitou a resolução favorável do mesmo. Metodologia e resultados: Um equino de raça lusitana com 6 anos foi avaliado por apresentar tumefação óssea crónica da face esquerda, ligeiro estertor e corrimento nasal mucopurulento unilateral há dois dias. Ao exame físico não se detetaram alterações, à exceção do som maciço na percussão dos seios paranasais maxilares/ frontonasal esquerdos e do linfonodo submandibular ipsilateral aumentado e doloroso à palpação. O exame da cavidade oral revelou desnível do dente 208 relativamente à mesa dentária (fratura parcial). Nas projeções radiográficas ventro-dorsal e latero30oproximaldireita-laterodistalesquerda observaram-se alterações compatíveis com presença de quisto sinusal (radiopacidade de tecido mole) no seio maxilar caudal (MC) esquerdo, sem identificação de linhas de fluido. Durante a endoscopia da cavidade nasal esquerda confirmou-se a presença de uma massa etmoidal invasiva com secreção mucopurulenta na sua periferia. A TAC e a cirurgia (flap frontonasal e trepanação do seio MC esquerdo) foram realizadas em estação, sob sedação. A primeira revelou radiolucência sobre os dentes 208 e 209 e preenchimento completo dos seios MC e frontonasal esquerdos. Já a segunda, acompanhada de analgesia e antibioterapia peri-operatórias e de sinoscopia e colocação de cateter Foley para lavagens diárias, confirmou o preenchimento das cavidades em causa por um “tecido” de aparência quística, removido na sua totalidade. Principais conclusões: A deformação óssea é consequência do caráter progressivamente expansivo destes quistos. O tratamento de eleição é remoção cirúrgica, tal como realizado neste caso, tendo o animal recuperado completamente nas semanas subsequentes e regressado ao trabalho habitual. A apresentação clínica de um caso como este é facilmente associada a sinusite secundária a infeção peri- apical, pois é a afeção que mais comummente origina os sinais clínicos encontrados, daí a importância do exame clínico pormenorizado e complementado com o uso de imagiologia avançada. Diagnósticos com recurso a métodos e equipamentos multimodais (radiografia, endoscopia e TAC) apresentam como principal vantagem serem mais completos e precisos, permitindo um conhecimento mais detalhado sobre a patologia, as lesões causadas, o curso de ação a seguir e o prognóstico mais realista em cada situação. Nos últimos anos, tem sido notória a evolução dos meios complementares de diagnóstico no âmbito da clínica de equinos em Portugal, contribuindo assim para a realização de procedimentos minimamente invasivos que, como tal, são mais rápidos e seguros, quer para os cavalos como para os profissionais. Este caso clínico reflete o benefício do trabalho conjunto entre equipas veterinárias com recursos e experiências distintos, que se complementam.
URI: http://hdl.handle.net/10174/37223
Type: lecture
Appears in Collections:MED - Comunicações - Em Congressos Científicos Nacionais

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