Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/3709

Title: Qualidade da água em reservatórios
Authors: MORAIS, Manuela
SOBRAL, Maria do Carmo
SILVA, Helena
MELO, Gustavo
PEDRO, Ana
CABRAL, Jaime
SARMENTO, Paula
Keywords: qualidade da água
reservatórios
Portugal
Brasil
Issue Date: 2011
Publisher: Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH) e Cooperação Internacional do Semiárido (CISA)
Citation: MORAIS M., M. DO C. SOBRAL, H. SILVA, G. MELO, A. PEDRO, J. J. S. P. CABRAL & P. SARMENTO, 2011 - Qualidade da água em reservatórios in Recursos Hídricos para a Convivência com o Semiárido, editado por Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH) e Cooperação Internacional do Semiárido (CISA): 301-330, ISBN 978-88-58868-630-4, Porto Alegre.
Abstract: O aumento da população humana e o crescente desenvolvimento tecnológico tem conduzido a um excessivo consumo de água consequentemente associado à degradação dos ecossistemas aquáticos. Por outro lado, a distribuição desigual da água a nível mundial tem contribuído para grandes desigualdades sociais e aumento da pobreza, gerando conflitos a nível global. Os conflitos relacionados com a água remontam à antiguidade, sendo possível identificar a existência de competição por este recurso em todos os períodos da história da humanidade (GLEICK, 1998; ROSADO & MORAIS, 2010). Esta problemática assume particular relevância nas regiões áridas e semiáridas, onde a escassez hídrica representa uma ameaça para a humanidade e para a biosfera como um todo. Nas regiões de clima mediterrânico a escassez de água é também uma realidade, contribuindo para tal, o clima com uma estação seca bem definida de temperaturas elevadas e uma grande variabilidade inter-anual da precipitação. Na região semiárida do Nordeste brasileiro, condicionantes físicas e climatológicas, representadas tanto pelos aspectos geomorfológicos e de formação dos solos, como pela escassez e a má distribuição da pluviosidade, que acarretam a intermitência da maioria dos rios da região, influenciam a qualidade e disponibilidade da água na região. Em alguns países da região mediterrânica o uso da água está a aproximar-se da capacidade máxima deste recurso, prevendo alguns autores que por volta de 2025 a disponibilidade de água per capita se reduza para menos de 50% do nível atual (Ragab & Hamdy, 2004). Mesmo no Brasil, que possui a maior disponibilidade hídrica do planeta, cerca de 13,8% do deflúvio médio mundial (5.744km3/ano), essa situação é preocupante. Aproximadamente 68,5% dos recursos hídricos brasileiros estão localizados na região Norte, na qual habitam apenas 7% da população brasileira, 6% estão na região Sudeste, com quase 43% da população e pouco mais de 3% na região Nordeste na qual habitam 29% da população e possuem áreas com extrema carência de água (BASSOI & GUAZELLI., 2004). Como resposta à crescente necessidade de água e apesar dos impactos a nível paisagístico, hidrológico, ecológico e social, a construção de barragens para criação de reservatórios estratégicos de água continua a ser a opção mais recorrente como forma de obter água onde esta é necessária (UN, 2006). O gerenciamento dos reservatórios é uma tarefa complexa, que demanda equipes interdisciplinares com competência para minimizar impactos, promover a otimização de usos múltiplos e gerenciar efetivamente o ecossistema artificial e sua evolução como bacia hidrográfica (TUNDISI, 2008). Convêm contudo ter presente que freqüentemente a utilização da água dos reservatórios para múltiplos usos, a inexistência de práticas agrícolas adequadas, a prática crescente da piscicultura, o deficiente tratamento dos efluentes domésticos e industriais, têm conduzido a um aumento da poluição e degradação destes ecossistemas. Surge assim a necessidade de avaliar o estado dos ecossistemas aquáticos interiores (rios e reservatórios), através de programas de monitoramento adaptados às diferentes realidades. Inicialmente, estes programas foram desenvolvidos tendo em consideração os diferentes usos da água, para os quais são definidos e legislados a nível de cada país, valores máximos admissíveis e recomendados. Contudo, a conscientização a nível global da progressiva contaminação dos ecossistemas aquáticos está conduzindo, principalmente na Europa, a um novo paradigma onde a água é considerada suporte das comunidades biológicas. Os ecossistemas aquáticos passam a ser avaliados numa perspectiva funcional, constituindo o objeto central do monitoramento. Abandona-se uma perspectiva antropocêntrica (água considerada unicamente como recurso para as atividades humanas) em benefício de uma visão ecocêntrica, direcionada para a qualidade e preservação dos ecossistemas aquáticos.
URI: http://hdl.handle.net/10174/3709
ISBN: 978-88-58868-630-4
Type: bookPart
Appears in Collections:CGE - Publicações - Capítulos de Livros
BIO - Publicações - Capítulos de Livros

Files in This Item:

File Description SizeFormat
CAPITULO_Livro_CISA_Brasil_Portugal.pdf1.73 MBAdobe PDFView/Open
FacebookTwitterDeliciousLinkedInDiggGoogle BookmarksMySpaceOrkut
Formato BibTex mendeley Endnote Logotipo do DeGóis 

Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.

 

Dspace Dspace
DSpace Software, version 1.6.2 Copyright © 2002-2008 MIT and Hewlett-Packard - Feedback
UEvora B-On Curriculum DeGois