Preserving archaeological heritage through Roman Mortars of Villa Horta da Torre (Fronteira, Portugal)

Abstract

The Roman villa Horta da Torre was built around 3 - 4 century A.D. The archaeological site is located at Cabeço de Vide (Fronteira), Alto Alentejo Region, Portugal. The Roman villa is estimated to be around 30,000 square meters including the parts that have not gone under excavation. Located between two ancient cities, Augusta Emerita (Merida, Spain) and Olisippo (Lisbon, Portugal), Horta da Torre played a significant role as a median site between the two major cities on the Antonine Itinerary. The aim of this study is to address the construction phase(s), production technology and provenance of materials by a multi-analytical approach to study textural, mineralogical, and chemical characterization of the selected mortars. To address the construction(s) phase(s), production technology and provenance of materials, a total of 18 samples of mortar walls were collected from Horta da Torre, including renders and fillers. A multi-analytical approach to study textural, mineralogical, and chemical characterization of the selected mortars was developed by using Optical Microscopy, Scanning Electron Microscopy - Energy Dispersive X-ray Spectroscopy (SEM-EDS), X-ray Diffraction (XRD), Thermogravimetric analysis (TGA-DTG), Acid Attack, and Granulometric Analysis. The research revealed that the excavated part of the villa agrees with three construction phases. Three groups of mortars were addressed based on their aggregates; granitic, basic, and mixed, used as filling and render. The production technology of mortars appears to have followed Vitruvius’s recipe considering volume proportions but not for mural painting. The study also revealed that the aggregates likely come from two local sources; 2 km north of the site and 3.5 km south of the site, whereas lime raw material was available at a distance of within a kilometer of the site; - RESUMO: A villa Romana Horta da Torre terá sido edificada por volta dos séculos III a IV d.C. O sítio arqueológico situa-se em Cabeço de Vide (Fronteira), região do Alto Alentejo, Portugal. Estima-se que a villa Romana tivesse cerca de 30.000 metros quadrados, incluindo as partes por escavar. Situada entre duas cidades antigas, Augusta Emerita (atual Mérida, Espanha) e Olisippo (atual Lisboa, Portugal), a villa Romana Horta da Torre desempenhou um papel importante como local intermédio entre estas duas grandes cidades do Itinerário Antonino. O objetivo do trabalho foi a caracterização de argamassas Romanas da villa Romana da Horta da Torre, do ponto de vista textural, mineralógico e químico, visando a obtenção de informações sobre as fases de construção, a composição, a tecnologia de produção, as matérias-primas utilizadas e a sua proveniência. No total, foram recolhidas 18 amostras de argamassas da villa Horta da Torre, incluindo argamassas de reboco e argamassas de enchimento. Para a caraterização das amostras foi usada uma abordagem arqueométrica multianalítica: Microscopia Ótica (Estereomicroscopia e Petrografia), Microscopia Eletrónica de Varrimento – Espectroscopia de Energia Dispersiva de Raios-X (MEV-EDS), Difração de Raios-X (DRX), Análise Termogravimétrica (ATG-DTG), Ataque Ácido e Análise Granulométrica. O estudo revelou que a parte escavada da villa foi construída em, possivelmente, três fases. As amostras foram divididas em três grupos, com base no tipo de agregados mais abundantes nomeadamente em graníticas, básicas e mistas. A tecnologia de produção das argamassas parece ter seguido, em alguns casos, a “receita” do arquiteto Romano Vitrúvio. O estudo revelou ainda que os agregados eram, muito provavelmente, oriundos de duas fontes locais, situadas a 2 km a norte do sítio e a 3,5 km a sul do mesmo, enquanto a matéria-prima para a cal se encontrava disponível à distância de aproximadamente1 km.