Saber mais para melhor cuidar: capacitação dos cuidadores formais

Abstract

O envelhecimento da população é uma realidade efetiva em Portugal com uma proporção crescente de pessoas que atingem idades mais elevadas. Existe uma forte relação entre envelhecimento e dependência, a capacidade dos idosos em manter a sua autonomia está, muitas vezes, comprometida, implicando desta forma, a necessidade de respostas sociais e/ou de um cuidador formal na ausência de um cuidador informal. Assumindo o cuidador formal um papel de destaque na prestação de cuidados à pessoa idosa, também se torna crescente a preocupação com a capacitação destes profissionais, com o intuito da melhoria contínua da qualidade dos serviços que prestam aos idosos. Foi neste âmbito que surgiu um projeto de intervenção comunitária cuja população alvo foi constituída pelos cuidadores formais – assistentes operacionais a prestar cuidados diretos às pessoas idosas institucionalizadas em ERPI (Estrutura Residencial para a Pessoa Idosa), em regime de Centro de Dia ou em Serviço de Apoio Domiciliário (SAD), em três Equipamentos/Serviços de Apoio Formal à Pessoa Idosa de um concelho do Alentejo Central. O seu objetivo foi promover a capacitação dos cuidadores formais – assistentes operacionais em prestação de cuidados diretos à pessoa idosa institucionalizada em ERPI, em regime de Centro de Dia ou em SAD, através da realização de sessões de formação. Recorreu-se à metodologia do planeamento em saúde. Foi aplicado um questionário, que permitiu caraterizar a população e identificar as suas necessidades de formação. Como estratégia de avaliação recorreu-se a fichas de avaliação de conhecimentos, aplicadas antes e depois da realização de sessões de formação. Relativamente aos resultados evidenciou-se um ganho de conhecimentos, dos cuidadores formais participantes no estudo, superior a 50% após a realização das sessões de formação. Pode concluir-se que é notória a importância da formação dos cuidadores formais e decisiva a intervenção do enfermeiro especialista em enfermagem comunitária e saúde pública, enquanto formador, pois pode contribuir para práticas mais adequadas e seguras, promovendo desta forma o bem-estar da pessoa idosa; ABSTRACT: “Knowing more for better care – Empowerment of Formal Caregivers” The aging of the population is an effective reality in Portugal with an increasing proportion of people reaching older ages. There is a strong relationship between aging and dependence, the ability of the elderly to maintain their autonomy is often compromised, thus implying the need for social responses and/or a formal caregiver in the absence of an informal caregiver. As the formal caregiver assumes a prominent role in providing care to the elderly, there is also a growing concern with the training of these professionals, with the aim of continuously improving the quality of the services they provide to the elderly. It was in this context that a community intervention project emerged whose target population consisted of formal caregivers - operational assistants providing direct care to institutionalized elderly people in ERPI (Residential Structure for the Elderly), in a Day Center regime or in a Day Care Service. Home Support (SAD), in three Formal Support Facilities/Services for the Elderly in a municipality in Central Alentejo. Its objective was to promote the training of formal caregivers - operational assistants in providing direct care to the institutionalized elderly person in ERPI, in a Day Center regime or in SAD, through training sessions. The methodology of health planning was used. A questionnaire was applied, which made it possible to characterize the population and identify their training needs. As an evaluation strategy, knowledge assessment sheets were used, applied before and after training sessions. Regarding the results, there was a gain in knowledge of the formal caregivers participating in the study, greater than 50% after the training sessions. It can be concluded that the importance of training formal caregivers is notorious and the intervention of the specialist nurse in community nursing and public health, as a trainer, is notorious, as it can contribute to more appropriate and safer practices, thus promoting the well-being of the elderly.