Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/32378

Title: Mecanosfera - a questão da tecnologia entre Deleuze, Guattari e Simondon
Authors: Guimarães, Jane Rodrigues
Advisors: Rivera, Jorge Croce
Keywords: Tecnologia
Phylum
Platô
Mecanologia
Cibernética
Issue Date: 6-Jun-2022
Publisher: Universidade de Évora
Abstract: A mecanosfera, conceito proposto por Deleuze e Guattari nas obras que constituem a série Capitalisme et Schizophrénie, Anti-Oedipe (1972) e Mille Plateaux (1980), tem como aspeto fundamental a constatação da ausência da distinção entre as esferas natural e artificial. “Não há biosfera, noosfera, por toda a parte só há uma única e mesma Mecanosfera” (Deleuze & Guattari, 1997, p. 86). Esta esfera das máquinas - onde não há dissociação entre a esfera do homem e a dos demais seres, entre a natureza e a dimensão técnica - é o principal contributo dos dois pensadores para a filosofia da tecnologia. A presente dissertação procura pensar a génese desta noção, considerando os contributos de outros pensadores, como o conceito de plateau of intensity, proposto por Gregory Bateson; a crítica do modelo hilemorfico, desenvolvida por Gilbert Simondon; a indissociação entre a técnica e o humano, salientada por André Leroi-Gourhan; e a teoria cibernética de comunicação entre os diversos seres, defendida por Norbert Wiener. Retomando, por fim, a obra de Gilles Deleuze e Félix Guattari, a dissertação procura refletir sobre a tecnologia inserindo-a numa esfera de multiplicidades, atravessada por intensas tensões e conflitos, procurando escapar a alternativas ilusórias, como as que correntemente se colocam entre a tecnofilia e a tecnofobia, entre o antropocentrismo e o pós-humanismo; Abstract: Mechanosphere – the question concerning technology between Deleuze, Guattari and Simondon The mechanosphere, a concept that culminates the thought of Deleuze and Guattari presented in the works Capitalisme et Schizophrénie, Anti-Oedipe (1972) and Mille Plateaux (1980), has as its fundamental aspect the observation of the absence of distinction between the natural and artificial spheres. “There is no biosphere, noosphere, everywhere there is only one and the same Mechanosphere” (Deleuze & Guattari, 1997, p. 86). This sphere of machines - where there is no dissociation between the sphere of man and that of other beings, between nature and the technical dimension - is the main contribution of the two thinkers to the philosophy of technology. This dissertation seeks to think about the genesis of this notion, considering the contributions of other thinkers, such as the concept of plateau of intensity, proposed by Gregory Bateson; the critique of the hylemorphic model, developed by Gilbert Simondon; the inseparability between technique and human, highlighted by André Leroi-Gourhan; and the cybernetic theory of communication between different beings, defended by Norbert Wiener. Finally, returning to the work of Gilles Deleuze and Félix Guattari, the dissertation seeks to reflect on technology by inserting it in a sphere of multiplicities, crossed by intense tensions and conflicts, seeking to escape from illusory alternatives, such as those currently placed between technophilia and technophobia, between anthropocentrism and post-humanism.
URI: http://hdl.handle.net/10174/32378
Type: doctoralThesis
Appears in Collections:BIB - Formação Avançada - Teses de Doutoramento

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