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http://hdl.handle.net/10174/32144
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Title: | Dos Institutos Industriais à criação do Instituto Superior Técnico e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto |
Authors: | Matos, Ana Cardoso de |
Editors: | Diogo, M. Paula Luís, Cristina Sousa, M.Luísa |
Keywords: | Instituto Industrial de Lisboa Instituto Industrial do Porto Instituto Superior Técnico Ensino técnico Engenheiros |
Issue Date: | 2021 |
Publisher: | Tinta da China |
Citation: | Ana Cardoso de Matos,”Dos Institutos Industriais à criação do Instituto Superior Técnico e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto” in M. Paula Diogo, Cristina Luís e M. Luísa Sousa, Inovação e Contestação século XX, Lisboa, Ed Tinta da China, 2021, pp. 53-72 [ISBN:9978-989-671-599-1] |
Abstract: | Um dos principais objectivos do regime político estabelecido em Portugal em 1851, conhecido como Regeneração, foi o progresso económico do país com base em princípios técnicos e científicos. Isto pressupunha a formação técnica de industriais e trabalhadores. Assim, em 1852, foram fundados o Instituto Industrial de Lisboa (IIL) e a Escola Industrial do Porto (EIP).
À semelhança do que era praticado no estrangeiro, onde a ligação entre teoria e prática e a sua inter-relação com a indústria era cada vez mais importante, nestes institutos o ensino teórico devia ser acompanhado por aulas práticas em oficinas e laboratórios. Ao lado destas escolas deviam também funcionar museus industriais, mas apesar dos esforços feitos para introduzir nestes museus as máquinas, modelos e produtos que reproduziam as tecnologias mais avançadas, no final do século XIX os mesmos não correspondiam aos objectivos com que tinham sido fundados.
Ao longo da segunda metade do século XIX, o ensino dos institutos industriais foi objecto de várias reformas que procuraram atualizá-lo, não só para acompanhar o progresso técnico e científico registado a nível internacional, mas também para responder às necessidades do progresso económico interno.
Assim, no IIL, em 1856, foi criado um curso especial de telégrafos; em 1870, foi criado um curso para formar directores técnicos de minas; e em 1886 foram acrescentadas as disciplinas de Electrotécnica, telegrafia e outras aplicações da electricidade.
Em 1869, a Escola de Comércio foi integrada no IIL, que passou a chamar-se Instituto Industrial e Comercial de Lisboa. No Porto, esta integração teve lugar em 1886.
Após a reforma de 1891, foi solicitado ao conselho escolar do IICL que apresentasse um projecto para a organização do ensino. O projecto, apresentado em 1892, foi assinado por 21 dos professores catedráticos, membros do conselho escolar. Apenas Alfredo Bensaúde não assinou este projecto e apresentou um relatório individual, no qual apontou como factores essenciais para uma boa formação de engenheiros e para o estabelecimento de ligações entre o ensino e a indústria, os seguintes aspectos: escolha de professores com experiência profissional; maior enfoque na formação prática, quer nas oficinas do instituto, quer nos estabelecimentos industriais.
Com a passagem para o regime republicano, em 1910, o Ministro Brito Camacho encarregou Alfredo Bensaúde de propor uma remodelação do IICL. Esta reforma deveria prever que os cursos de engenharia civil e de mineração na antiga Escola do Exército começassem a ser leccionados neste Instituto, que se tornaria uma escola técnica de grau superior, enquanto que a Escola do Exército se tornaria uma escola exclusivamente voltada para os estudos militares.
A nova organização da escola foi decretada em 1911 e o IICL foi separado em duas instituições de ensino superior: O Instituto Superior Técnico (IST) e o Instituto Superior do Comércio (ISC), que só foi organizado anos mais tarde.
Em 1915, a Academia Politécnica do Porto foi também convertida numa Faculdade Técnica. Os cursos de engenharia civil que ali ensinavam eram: Minas, Mecânica, Electrotécnica e Químico-Industrial. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/32144 |
Type: | bookPart |
Appears in Collections: | HIS - Publicações - Capítulos de Livros CIDEHUS - Publicações - Capítulos de Livros
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