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http://hdl.handle.net/10174/25524
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Title: | Maternidade e Paternidade: motivações e intenções. A importância da idade ao nascimento do primeiro filho. |
Authors: | Tomé, Lídia P. Magalhães, M. Graça Ribeiro, Filipe |
Editors: | CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL |
Keywords: | fecundidade adiamento primeiro filho intenção de fecundidade |
Issue Date: | Dec-2018 |
Publisher: | Conselho Económico e Social, Edições Almedina SA |
Citation: | Tomé, L.P., Magalhães, M.G., Ribeiro, F., (2018). “Maternidade e Paternidade: motivações e intenções. A importância da idade ao nascimento do primeiro filho.”, in ‘Desafios Demográficos: a natalidade’, Conselho Económico e Social, Edições Almedina, pp. 173-198, Coimbra. |
Abstract: | Aparentemente, o número de filhos e a idade com que se tem esses filhos são atualmente influenciados, não só pelo aumento dos níveis de escolaridade, como pela participação feminina no mercado de trabalho e, consequentemente, também pelos seus desejos/aspirações pessoais e profissionais. Cada um destes fatores condiciona as motivações e intenções de mulheres e homens na sua transição para a parentalidade, levando ao seu consecutivo adiamento. Embora a decisão de formar uma família seja habitualmente tomada em conjunto, importa recordar que a probabilidade de efetivamente se transitar para a parentalidade é diferente entre homens e mulheres.
Mas será a idade ao primeiro filho de facto tão importante num país onde a maioria dos casais considera que é preferível concretizar uma fecundidade inferior à desejada, de modo a assegurar um determinado nível de bem-estar, considerado aceitável, para a sua família? De facto, a idade é importante, sendo até um dos fatores-chave na intenção de se ter mais um
filho, principalmente se tivermos em linha de conta que o intervalo fértil das mulheres para o nascimento de um segundo filho está fortemente condicionada pela idade a que se tiver tido o primeiro. Esta transição para o segundo filho pode mesmo ficar comprometida com aquele adiamento. Uma vez que a recuperação da fecundidade em Portugal está atualmente relacionada com o aumento do número de nascimentos de segundos filhos, importará compreender as alterações que têm ocorrido na idade média ao nascimento do primeiro filho.
Esta evolução recente dos padrões de fecundidade é sustentada pelos resultados do Inquérito à Fecundidade (2013), que por si só já permitem acomodar alguma dose de otimismo quanto à intenção em ter um segundo filho, pois apontavam para uma fecundidade média esperada no final da sua vida reprodutiva de 1,8 filhos, ou seja, valor muito próximo de um ideal de dois filhos.
Neste sentido, se ter um segundo filho está na raiz da ténue recuperação dos recentes níveis de fecundidade, então importa proporcionar condições mais favoráveis para que mais casais potenciem esta possibilidade e a concretizem.
Não será expectável que a estrutura populacional extremamente envelhecida do país venha a sofrer alterações substanciais a curto e médio prazo, em resultado apenas de políticas de incentivo à natalidade. Os futuros pais pertencem atualmente a gerações de menor dimensão, pelo que, mesmo com alterações significativas que se possam vir a verificar nos comportamentos de homens e mulheres face à fecundidade, a própria natalidade encontra-se, pelo menos num futuro próximo, comprometida por essa menor dimensão, com todas as implicações sociodemográficas que daí poderão advir. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/25524 |
ISBN: | 978-972-40-7761-1 |
Type: | bookPart |
Appears in Collections: | CIDEHUS - Publicações - Capítulos de Livros
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