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http://hdl.handle.net/10174/1829
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Title: | Inteligência Humana: Investigações e Aplicações |
Authors: | Candeias, Adelinda Maria Almeida, Leandro Silva |
Keywords: | Inteligência Modelos teóricos Criatividade Modelos de avaliação |
Issue Date: | 30-Oct-2007 |
Publisher: | Quarteto |
Abstract: | Este livro reúne contributos teóricos, empíricos e práticos em torno
de uma das variáveis mais relevantes e mais polémicas no seio da
psicologia – a Inteligência –, estando a sua edição na sequência da
realização, na Universidade de Évora (6-8 de Outubro, 2005) do I
Simpósio Internacional “Inteligência Humana: Investigação e Aplicações”.
Nesta primeira edição, o Congresso reportou-se a autores
de Portugal, Espanha e Brasil, devendo este espectro alargar-se nas
suas futuras edições.
A inteligência emerge associada aos primeiros estudos do Laboratório
de Psicologia Experimental em Leipzig, pensando-se nos tempos
de reacção a estímulos e nos processos cognitivos associados.
Esta situação encontra-se bem retratada nos trabalhos de Galton e
de Mckeen Cattell nos finais do século XIX, tendo sido de novo recuperada
nos estudos da cognição por parte dos estudos de cariz
cognitivista.
A relevância social deste constructo psicológico, um século atrás,
justificou que os psicólogos se envolvessem numa caminhada algo
sinuosa e complicada de construção de instrumentos para a sua avaliação.
A partir daí, não atingindo o construto na sua essência mas
nas suas manifestações comportamentais, a psicologia envolveu-se
em longos tratados sobre o conceito (definição), sobre a sua organização
e estrutura (factores, estádios, processos) e sobre a sua manifestação
e medida (testes, escalas, grelhas de observação). Como se
depreende, quando não se atinge a essência de um fenómeno, ter-se-á
que conceber modelos teóricos para entender as suas manifestações e
para proceder, por um processo inferencial, à identificação dos seus
elementos constituintes determinantes (constructo subjacente). Aqui
estão as principais dificuldades e, também, a razão de ser de tantos
modelos teóricos de análise (psicométrico, comportamental, desenvolvimental,
cognitivista…), das múltiplas teorias e posicionamentos
teóricos pouco conciliáveis, e da multiplicidade de testes e de tarefas
disponíveis para a sua avaliação. Entende-se ainda que, ciclicamente,
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a psicologia dedique à inteligência espaço relevante das suas investigações
e publicações, como acontece no presente em termos internacionais.
Portugal não se encontra afastado deste movimento internacional.
Sem pretensões de sermos exaustivos, para além de estudos de
aferição nacional de provas mais clássicas de inteligência (IA – Joaquim
Rodrigues do Amaral, WISC – José Ferreira Marques, WISCIII
– Mário Rodrigues Simões, Matrizes Coloridas de Raven - Mário
Rodrigues Simões, ECNI – Maria José Miranda, NEMI – Joaquim
Bairrão Ruivo, BPRD- Leandro S. Almeida), temos hoje estudos com
facetas mais recentes da inteligência e da cognição em geral (Inteligência
Social - PCIS – Adelinda Araújo Candeias; Inteligência Emocional
- Glória Franco; Inteligência prática - STAT-R - Maria João
Afonso, Estilos de pensamento - Maria José Miranda). Podemos ainda
mencionar algumas provas emergentes: a ECCOs - Leandro S.
Almeida e Lurdes Brito; BPR 5-6 em formato de avaliação dinâmico
de Adelinda Araújo Candeias e Leandro S. Almeida; as novas versões
da BPRD (BPR5/6, BPR7/9, e BPR10/12) de Leandro S. Almeida; e
aferição em curso de diversas provas de avaliação da memória no
âmbito da Bateria Neuropsicológica de Coimbra – Mário Rodrigues
Simões.
Por outro lado, a área da inteligência tem nas várias academias
portuguesas os seus “representantes”, leccionando e investigando
este tema. De tais estudos, mormente os realizados no quadro de
provas académicas de mestrado e de doutoramento, têm os psicólogos
portugueses beneficiado de vários testes validados e aferidos
para Portugal, assim como de elementos informativos e pistas relevantes
sobre a sua aplicação em vários contextos profissionais (educação,
clínica, social, organizacional). No presente, e sobretudo para
a infância e a adolescência, possuem os psicólogos portugueses um
número e diversidade muito interessante de provas de inteligência
disponíveis para suporte à sua prática. Por sua vez, e a breve prazo, a
aferição nacional da WAIS-III ajudará a ultrapassar uma das limitações
mais sérias que a Psicologia em Portugal atravessa quando está
em causa a avaliação da inteligência na população adulta.
Este livro reflecte o dinamismo da comunidade científica portuguesa
no domínio da concepção, avaliação e modificabilidade da inteligência.
Logicamente que este movimento não pode ser feito de
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costas voltadas para a produção científica internacional nesta mesma
área, e em particular de académicos provenientes de Espanha e do
Brasil em virtude da sua proximidade linguística e cultural. O objectivo
foi, então, identificar pessoas que, nos vários modelos teóricos,
tipologias de estudos empíricos ou áreas de preocupações práticas,
pudessem trazer, ao congresso que esteve na origem e ao próprio
livro, a diversidade de temas e a profundidade de análise necessárias
a uma abordagem séria sobre o presente e o futuro dos estudos na
área da inteligência. Assim, este livro reúne contributos teóricos e reflexões
em torno da especificidade e complementaridade das teorias
existentes, apresenta estudos empíricos e modelos de análises estatísticas,
“mostra” testes e provas disponíveis em Portugal e ilustra
outros tantos estudos em curso.
Não tendo sido fácil uma organização clara das diversas temáticas
apresentadas, este livro apresenta-se organizado em seis partes.
Depois de uma primeira parte dedicada às bases conceptuais do conceito
e suas implicações na definição, operacionalização e avaliação
da inteligência. A segunda parte, tomando algumas das aplicações
sociais mais relevantes da investigação sobre “inteligência humana”,
reúne contributos em torno da relação entre Inteligência, Aprendizagem
e Competência. A terceira parte ilustra o dinamismo da investigação
presente acerca da Cognição para além do QI, com um destaque
especial para a Inteligência Emocional e para a relação entre
Inteligência e Criatividade, e o questionamento subsistente em torno
de tal relacionamento.
A finalizar, importa destacar os apoios recebidos à realização deste
congresso e, consequentemente, à oportunidade da própria edição
deste livro. Destacamos, assim, os apoios recebidos por parte da Fundação
para a Ciência e Tecnologia, da TYCO-Electronics, do Instituto
de Soldadura e Qualidade, da ANEIS, da AJPSI, do NEPUE, da
Caixa Geral de Depósitos, do Instituto de Emprego e Formação
Profissional, do Instituto Politécnico de Portalegre, e do Centro de
Investigação em Educação e Psicologia - Universidade de Évora.
Adelinda Araújo Candeias e Leandro S. Almeida
Évora, 30 de Abril de 2007 |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/1829 |
Type: | book |
Appears in Collections: | PSI - Publicações - Livros
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