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http://hdl.handle.net/10174/15549
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Title: | A rede escolar no Concelho de Odemira: Propostas de intervenção |
Authors: | Machado, Cidália Maria de Oliveira |
Advisors: | Ramos, Francisco |
Keywords: | Rede escolar Concelho de Odemira (Portugal) |
Issue Date: | May-2003 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | Introdução - A Rede Escolar como tema de estudo neste trabalho pretende através da investigação, fazer o diagnóstico da situação presente, enquadrando-a tanto quanto possível, no todo social de que faz parte, contribuindo assim para um conhecimento mais fundamentado da realidade social e escolar do concelho de Odemira. A escolha do tema de estudo teve um carácter eminentemente prático e julgo, pertinente. A realidade do contacto profissional com a questão e a subjacente perspectiva da experiência resultante do apuramento dos problemas locais, bem como a realização e participação em projectos de desenvolvimento social, a discussão das pertinências e testemunho dos parceiros técnicos, circunscreveram como ponto fulcral de abordagem urgente a questão da Educação e a organização de um plano integrado de acção a médio prazo nesta área, para o desenvolvimento sustentável do maior concelho do país em extensão geográfica. Partindo de uma perspectiva mais lata de abordagem do problema, no quadro da Europa, temos Portugal, o país que ainda é considerado corno em vias de desenvolvimento com os índices mais baixos de todos os nossos concidadãos europeus. O leque de indicadores que assim classifica um pais no ranking mundial permitiu-lhe, apesar dos seus índices limiares, pertencer ao ``Clube da Europa", fornecendo-lhe referências e parceiros fortes para que se ultrapasse a meta. Em todos os domínios os indicadores de bem-estar populacional, cora os valores que atinge permitiria-lhe ser em tudo igual aos seus congéneres e ser considerado um país desenvolvido. Não fosse o índice de escolarização, o único patamar que Portugal ainda não conseguiu atingir e que o classifica como pais em vias de desenvolvimento. A fatia da população sem o ensino básico, ou seja aquela que abandonou a escola antes de tempo ê presentemente de cerca de 62% do total da população. No nosso país a escolaridade obrigatória é de 9 anos e de 12 para os restantes países da comunidade. A população escolarizada só com o 1° ciclo era em 2001 de cerca de 35% do total do seu contigente, sendo que 9% dos portugueses são analfabetos. Num período de dez anos em que houve investimentos na Educação, este valor só desceu 2 valores percentuais pois era de 11% nos Censos de 1991.
A necessidade de conhecimentos na sociedade da informação em que actualmente
vivemos, tornou-se factor de riqueza pessoal e colectiva, mas está a deixar de fera uma
quantia significativa de cidadãos e a criar uma nova forma de exclusão social. A
capacidade de competitividade é determinante para a sobrevivência, as cïrcunstáncias
civilizacionais alteraram-se e a aquisição de competências passou para um outro nível
que exige uma diversidade de novas técnicas e tecnologias, a qualificação profissional é
actualmente o suporte da competitividade económica, um dos três pilares da
Comunidade Europeia para a coesão económica e social, para além da cooperação e da
solidariedade. O país ene questão desde 1986 membro beneficiário dos investimentos da
Comunidade Económica Europeia concentra um elevado número de indicadores com
valores chie traduzem o baixo nível de vida e outros que revelara a imensidade de problemas
de que padece o nosso pais. Quando visualizados graficamente, os mapas europeus
de distribuição dos índices de desenvolvimento humano', numa graduação de cores
aparecem persistentemente com uma mancha branca a interromper a colorida linha do
litoral europeu, na região a que corresponde o concelho de Odemira. Daqui fica a
imagem de que esta ê efectivamente a região menos desenvolvida do contexto europeu, a
interioridade que flagela outras regiões manifesta-se aqui junto ao litoral, que é
simultaneamente Parque Natural, albergando um dos mais belos e naturais troços de
costa. O facto de o desenvolvimento ser indiciado por números que traduzem o bens estar da
população, e para alem destes se constituírem como o instrumento de trabalho que
temos, esta questão e competição em números, traduz na verdade a qualidade de vida e
perspectivas de fraturo da população que os vivência. Numa perspectiva de
sustentabilidade, que é a quimera do Desenvolvimento, este passaria pela utilização
sinergética dos recursos para prover a segurança, a satisfação das necessidades
fisiológicas e sociais do ser humano enquanto animal, mas também as necessidades
culturais, enquanto ser intelectual e espiritual. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/15549 |
Type: | masterThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Mestrado
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