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http://hdl.handle.net/10174/11360
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Title: | Riqueza morfológica e aquisição da sintaxe em português europeu e brasileiro |
Authors: | Gonçalves, Fernanda Maria Ribeiro |
Advisors: | Duarte, Inês Silva |
Keywords: | Riqueza morgológica Aquisição da sintaxe Português europeu e brasileiro Assunções teóricas Metodologia Sintaxe |
Issue Date: | 2004 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | "Sem resumo feito pelo autor"; Em termos teóricos, esta dissertação enquadra-se no quadro de investigação generativista, e, mais especificamente, na Teoria de Princípios e Parâmetros (TPP) (veja-se Chomsky, 1981 e 1986), assumindo-se os princípios fundamentais do Programa Minimalista (PM) (veja-se Chomsky, 1995a1, 1998 e 1999) da forma de que se passará a dar conta na secção seguinte.
Ficando naturalmente fora dos objectivos do presente trabalho uma caracterização detalhada dos modelos teóricos referidos, assumem-se as referências que se passa a enunciar, para se fazer posteriormente menção às inovações teóricas mais recentes, sublinhando-se os aspectos relevantes para o corpo principal desta dissertação.2
A teoria generativista começou a delinear-se em Chomsky (1957), tendo-se desde o início procurado caracterizara Gramática Universal (Universal Grammar (UG)), ou seja, o conjunto de princípios comuns a todas as línguas, tidos como inatos, bem como a variação interlinguística que faz com que a essa universalidade na génese correspondam, inúmeras línguas, entendidas como instâncias concretas da capacidade especificamente humana de produzir linguagem verbal. Nesta medida, está necessariamente implicado na investigação generativista um esforço de comparação sistemática entre línguas e variantes, o que enquadra e justifica a opção, na presente dissertação, de pretender caracterizar comparadamente o Português europeu (PE) e o Português brasileiro (PB).
Desde os primeiros textos generativistas foi notória a relevância atribuída ao estudo da aquisição da linguagem, já que os dados que fornece são fundamentais, antes de mais por potenciarem a compreensão, pela única forma a que temos acesso directo, de como se estrutura o estádio inicial da UG (Go), permitindo o acompanhamento longitudinal da fase mais rica em desenvolvimentos detectar como se evolui até estádios já próximos da Gramática estável (não obstante todos os desenvolvimentos posteriores): o período que se situa sensivelmente entre os dois e os três anos de idade, de forma variável (em termos cronológicos mas não em termos evolucionais) de criança para criança.
Justifica-se assim o estudo dos dados da aquisição, por que se optou na génese da presente dissertação.
Mas o interesse específico deste trabalho deriva de desenvolvimentos teóricos específicos surgidos fundamentalmente a partir da Teoria da Regência e da Ligação
(TRL) (veja-se Chomsky, 1981); foi nesse âmbito que tomou forma a TPP, a qual
formaliza a relação fundamental existente entre a universalidade e a variação, definindo
quais os parâmetros que estão associados a cada princípio universal. Os princípios são
inatos e constituem a Go; os parâmetros são deduzidos a partir dos dados de input de
cada língua específica.
A tarefa fundamental passou então a ser a formulação de princípios e parâmetros,
dividindo-se os autores sobre algumas questões interessantes e decisivas, tal como a
possibilidade de reparametrização, ou seja, a de existir (ou não) um valor
pré-determinado para cada parâmetro.
Neste domínio, Hyams (1986) foi um trabalho seminal, abrindo caminho a muitos
outros. Aí se estudava aquele que é, de todos os parâmetros, porventura o mais
explorado até à actualidade: o parâmetro do sujeito nulo (PSN).
O motivo fundamental que subjaz a este interesse prende-se como facto de se relacionar
com uma das características que mais facilmente nos permite identificar algo comum a
todas as línguas (todas têm sujeito) e estabelecer, simultaneamente, um parâmetro
restrito de variação: enquanto numas línguas é possível, em contextos de declarativas
não marcadas (e não atendendo, para já, a restrições pragmáticas), não realizar
explicitamente o sujeito, noutras línguas tal possibilidade não existe. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/11360 |
Type: | doctoralThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Doutoramento
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