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http://hdl.handle.net/10174/11238
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Title: | Alentejo 2010: o cenário mais provável (questões de desenvolvimento, ordenamento, ambiente e qualidade de vida: perspectivas, retrospectiva, enquadramento e contributos explicativos) |
Authors: | Santos, Marcos Olímpio Gomes dos |
Advisors: | Mendes, José Luís Ferreira |
Keywords: | Alentejo Desenvolvimento Ordenamento do território Prospectiva Método Delphi Distrito industrial Meio inovador |
Issue Date: | 1997 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | "Sem resumo feito pelo autor"; Traçar o cenário mais provável para o Alentejo em 2010, no que se refere a questões de desenvolvimento e dinâmica demográfica, ordenamento, ambiente e qualidade de vida, tendo em consideração a importância e o peso do presente e do passado endógenos e das respectivas condicionantes exógenas, para num segundo momento se apresentar os contributos explicativos que propiciam a compreensão dos factos e fenómenos abordados. São estes os objectivos a preencher pela dissertação que se segue, elaborada com vista à candidatura ao doutoramento em Sociologia (Planeamento Social e Planeamento Regional).
A escolha do Alentejo prende-se com o facto de ser uma região com problemas de desenvolvimento e em declínio demográfico, e por conseguinte de várias serem as interrogações que actualmente se colocam quanto ao seu futuro nos próximos 13 anos.
A aplicação do método Delphi e a elaboração de projecções demográficas permitiram concluir que até 2010 a situação da região alentejana se irá traduzir muito provavelmente: i) por uma base económica ainda muito semelhante à actual; pelo reduzido volume de recursos humanos qualificados; por uma ainda elevada taxa de desemprego, e pela continuidade da degradação populacional; li) por um reforço, ainda que pouco acentuado, das desigualdades intra-regionais (reforço da configuração territorial tipo arquipélago); pela melhoria das infra-estruturas de apoio à qualidade de vida e ao desenvolvimento, e pelo ligeiro aumento da concentração populacional; iii) por uma situação ambiental com mais aspectos positivos do que negativos; por uma melhoria quase generalizada no que se refere à qualidade de vida (objectiva e subjectiva); e pela fragilização razoavelmente expressiva do espaço rural.
A muito provável situação futura e situações antecedentes respeitantes ao Alentejo, segundo alguns autores, encontram explicação na características edafo-climáticas endógenas, que condicionaram a composição social da população e a
cultura da região, que se traduz em potencialidades (v.g. identidade cultural) e
debilidades (v.g. fraca capacidade empresarial e de risco). Características essas que
de acordo com as aportações de outros autores, serão e têm sido potenciadas pelas
opções geo-estratégicas, políticas e económicas nacionais, e pela evolução da
envolvente supra-nacional, que se tem caracterizado no tempo e no espaço, pela
persistente existência de assimetrias sócio-económicas aos diversos níveis espaciais,
devido quer à posse de diferentes potencialidades materiais, quer à capacidade de
modernização e inovação por parte de algumas áreas geográficas. São estas
particularidades que têm contribuído para a constante situação de estratificação
espacial, na qual se verifica por vezes troca de posições cimeiras entre áreas
geográficas, mediante processos de mobilidade territorial ascendente e descendente, e
onde se verifica também a exclusão continuada de outras áreas geográficas, entre as
quais se conta desde há muitos séculos o Alentejo.
Face aos condicionalismos que decorrem da situação actual e perspectivas
que se desenham para as envolventes, e face à situação actual e perspectivas que se
podem avizinhar para a realidade endógena, apresenta-se de entre as quatro vias
possíveis, aquela que (sob a forma de estratégias globais institucionalizadas, ou sob
a forma de resultantes difusas, decorrentes da interacção de múltiplas estratégias
sectoriais também elas institucionalizadas ou difusas), nos próximos 13 anos, se
prefigura como a mais provável de se erigir como eixo estruturante (do
desenvolvimento, do ordenamento do território, e da qualidade de vida da região),
influenciando predominantemente as opções de investimento e as actividades dos
poderes públicos e dos actores privados.
Caso porém a envolvente nacional e supra-nacional evolua favoravelmente, o
cenário mais provável poderá não ser assim o único futuro possível para o Alentejo,
que, nestas circunstâncias e preenchidas condições internas (tais como o
funcionamento de orgãos de decisão política regional, a concretização dum plano
estratégico-integrado e a efectividade duma concertação estratégica entre os actores
políticos, económicos, sociais e culturais, e a concretização de uma Agência de
Desenvolvimento Regional), poderá beneficiar dum dinamismo sócio-económico
mais favorável.
Para apresentação das opções tomadas, e dos resultados obtidos com a pesquisa, segmentou-se a dissertação pelas seguintes sub-divisões: uma primeira designada por Questões Iniciais, seguido de três Partes, e mais um último texto designado por Reflexões Finais.
Nas Questões Iniciais encontram-se incluídas a Introdução e as Opções Metodológicas.
Na Primeira Parte (Alentejo: futuro, presente e passado), dá-se a conhecer o
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canário traçado como mais provável para a região, procede-se à caracterização actual do Alentejo, e realiza-se uma abordagem pelo passado desta região.
Na Segunda Parte (Envolvente nacional e supra-nacional), apresenta-se o futuro mais provável quer para a envolvente nacional, quer para a envolvente comunitária, quer ainda para a envolvente global, condicionantes da evolução do Alentejo, apresentando-se ainda a situação actual para cada uma destas envolventes, que condicionam o presente e o futuro da região, e ainda uma abordagem pretérita que permite tomar conhecimento dos condicionamentos e das oportunidades perdidas pelo Alentejo.
Na Terceira Parte (Contributo Explicativo), enunciam-se os argumentos que permitem compreender porque é que o Alentejo foi (salvo raros momentos), é, e provavelmente será nos próximos 13 anos uma região ainda com dificuldades de desenvolvimento.
Nas Reflexões Finais dá-se conta dos resultados obtidos, e retoma-se sob uma perspectiva adicional alguns contributos explicativos abordados na Terceira Parte, questões estas avançadas pelos respondentes, a propósito das reflexões efectuadas ao comentarem os resultados referidos, após o que se apresentam algumas reflexões de natureza estratégica sobre a região, se avançam as condições (supra-nacionais, nacionais e regionais) que permitiriam a ocorrência de um cenário voluntarista/contrastado, bem como finalmente se enunciam sugestões de actuação, e linhas de investigação a aprofundar no futuro.
Palavras chave: Alentejo; Desenvolvimento; Ordenamento do Território; Prospectiva; Método Delphi; Distrito industrial; Meio inovador |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/11238 |
Type: | doctoralThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Doutoramento
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