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http://hdl.handle.net/10174/11081
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Title: | E-government na Gestão de Stakeholders |
Authors: | Borralho, Carlos Manuel Lopes |
Advisors: | Serrano, António Manuel Soares |
Keywords: | E-government Stakeholders Transparência Utilidade Segurança Interoperabilidade Facilidade de uso Legitimidade |
Issue Date: | 2012 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | A presente investigação avoca um posicionamento instrumental do e-government,
perspectivando-o como um meio, não um fim, e efectua a sua análise a partir de uma abordagem
pragmática da teoria dos stakeholders, tal como defendida por Freeman (2008).
Foi adoptado um posicionamento ontológico relativista, epistemológico interpretativista e
metodológico baseado no recurso à utilização da estratégia de estudos de caso. O trabalho
envolveu 3 organizações públicas, com características díspares e com recolha de dados
maioritariamente ancorada a 2 instrumentos, questionário e entrevista, ambos semi-estruturados.
Partindo dos atributos poder, legitimidade e urgência, enunciados por Mitchell, Agle e
Wood (1997), fundamentos da “stakeholders salience”, bem como das variáveis utilidade e
facilidade de uso, presentes nos modelos de aceitação da tecnologia, variáveis transparência e
segurança, reforçadas pela governança, bem como as variáveis interoperabilidade, eficiência e
inclusão, é desenvolvido o modelo MEGOV, modelo fundeado em cinco proposições.
Os resultados da investigação sustentam 3 conclusões principais e suportam o modelo
MEGOV.
A primeira consiste no facto do e-government condicionar a prioritização de stakeholders.
Tal situação é consequência do e-government alterar a percepção de urgência das solicitações,
reduzir o poder discricionário e modificar a forma como a legitimidade é exposta, embora se
considere que, directamente, a legitimidade das solicitações efectuadas pelos diversos
stakeholders não é alterada. As eventuais alterações na prioritização de stakeholders podem
acarretar a consideração que o e-government é uma ameaça aos interesses instalados, situação
que leva a que sejam desencadeados comportamentos hostis ao seu recurso, comportamentos
esses que podem comprometer o sucesso da sua implementação e efectivo aproveitamento.
A segunda conclusão é a que o e-government é um instrumento capaz de redesenhar as
organizações públicas ao obrigar a modificar processos, ao permitir compilar um vasto conjunto
de indicadores que, de outra forma, seriam muito mais difíceis de obter e ao atribuir uma maior
visibilidade aos procedimentos. Contudo esse redesenho não implica uma mudança no
organograma, pelo menos no curto prazo. Essencialmente, modifica processos mas não funções.
Independentemente do nível de maturidade do e-government, por si só, também não acarreta
downsizing. Prevalece a tentativa de manutenção dos conteúdos funcionais, independentemente
de ajustamentos pontuais que possam ocorrer.
A terceira conclusão é que o e-government altera significativamente a eficiência,
principalmente ao incrementar a velocidade das respostas, ao estimular o reaproveitamento de
dados e ao aumentar bastante as possibilidades de exercício da função de controlo. Se ao nível da
inclusão não foram encontradas evidências que possibilitem afirmar que um maior recurso ao egovernment
tenha permitido envolver um maior número de stakeholders nos processos de
tomada de decisão, já ao nível da eficiência verifica-se crescimento. A inclusão é
maioritariamente perspectivada enquanto mero aumento da possibilidade de acesso.
Finalmente, não se encontraram evidências que a gestão das relações com os stakeholders
não siga, exclusivamente, um panorama instrumental. As inquietações posicionadas no domínio
da responsabilidade social são apenas aquelas que a lei consagra. E ainda assim tendem a ser
geridas estrategicamente, a partir de um enfoque instrumental. / A B S T R A C T -
The present research is based in an instrumental perspective of e-government. Its analysis
is made from a pragmatic approach of the stakeholder theory, as defended by Freeman (2008).
This study involved three public organizations, with different characteristics and it assumed
a relativist ontological positioning.
At the epistemological level it is an interpretive research. At the methodological level it
uses the strategy of case studies. The data collection was supported by two semi-structured
instruments, questionnaires and interviews.
From the attributes power, legitimacy and urgency, cited by Mitchell, Agle, and Wood
(1997), foundations of stakeholder salience, as well as utility and easiness of use, variables
presents in technology acceptance models, variables transparency and safety from governance,
interoperability, efficiency and inclusion, it is developed the MEGOV model.
The results of this study support three main conclusions and sustain the MEGOV model.
The first conclusion is that e-government changes the stakeholders’ prioritization, by
changing the perception of urgency of requests and the way that legitimacy is exposed, although
it doesn’t consider, directly, the change of legitimacy of requests made by the various
stakeholders. E-government also reduces discretionary power. Moreover any changes in the
prioritization of stakeholders may lead to the consideration that it is a threat to vested interests.
This situation can trigger hostile behaviour and frustrate the implementation of e-government.
The second conclusion is that e-government is an instrument capable of redesign public
organizations by requiring the change of processes. It also gives greater visibility to them as well
as a large set of indicators, that otherwise would be much more difficult to obtain. However, this
redesign does not imply a change in the organizational structure, at least in short term. It
essentially modifies processes but not functions. Alone, e-government does not entail
downsizing, regardless of its maturity level. The attempt to maintain the functional contents
prevails, regardless of specific adjustments that may occur.
The third conclusion is that e-government improves, significantly, efficiency. It also
increases the speed of responses and encourages the reuse of data. Moreover, it greatly increases
the possibilities of control function exercises. At the level of inclusion, there were not found
evidences (that showed) that a greater use of e-government had allowed engaging a greater
number of stakeholders in the making of decision procedures. Yet at the efficiency level there
was growth. The inclusion is mostly viewed as a mere possibility of increase the access.
Finally, there were not found evidences that the management of stakeholders’ relationships
does not follow just an instrumental landscape. The concerns positioned in the social
responsibility field are only those established by the law and still they tend to be strategically
managed from an instrumental approach. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/11081 |
Type: | doctoralThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Doutoramento
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