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http://hdl.handle.net/10174/11019
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Title: | Estudo Comparativo do Valor Alimentar da Aveia x Ervilhaca Conservada como Feno e Silagem |
Authors: | Bento, Ofélia Pereira |
Keywords: | Aveia Feno e silagem Efeito da ensilagem Ervilhaca Forragem |
Issue Date: | 1990 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | "Sem resumo feito pelo autor"; - RESUMO -
0 objectivo deste trabalho foi estudar o efeito da ensilagem, como método de conservação alternativo à fenação, no valor alimentar da forragem de aveia x ervilhaca. Numa 1ª experiência comparámos o valor alimentar do feno de aveia x ervilhaca, cortado em duas épocas de corte (F1 e F2), e a da silagem obtida simultaneamente com o feno na 1ª época (S1). A ingestão de MS total (g/Kg PV0,75) observada em carneiros adultos alimentados com as dietas S1 (39,9), F1 (44,8) e F2 (37,4) foi baixa, não diferindo significativamente entre si. A silagem apresentou as maiores digestibilidades aparentes da NDF (66,8%), ADF (63,5%) e PB (61,3%) que foram superiores (P<0,05) às apresentadas pelo F1 para os mesmos parâmetros (63,0%; 56,1% e 49,3%, respectivamente). 0 atraso da época de corte originou reduções significativas (P<0,05), de 52% no teor proteico da forragem, e de 18% e 65% nas digestibilidades aparentes da MO e PB, respectivamente. As quantidades de azoto retido (g/dia) com as dietas S1 (+ 2,6) e F1 (+ 0,8) não diferiram significativamente, mas foram superiores (P<0,05) às observadas com a dieta F2 (- 1,4). 0 azoto (N) urinário (% do N ingerido) não diferiu significativamente nas três dietas, sugerindo uma boa eficiência de utilização do N da silagem no rúmen.
Numa 2ª experiência estudaram-se as modificações originadas pelas três forragens conservadas testadas no padrão fermentativo ruminal de carneiros adultos, alimentados em regime ad libitum. O pH ruminal foi inferior (P<0,05) na dieta F1 (7,07), relativamente ao observado nas
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dietas S1 (7,24) e F2 (7,24). Não se verificaram diferenças significativas na concentração ruminal de N-NH3 (mg/100 ml de fluido ruminal) com as três dietas (S1= 8,5; F1= 10,3; F2= 5,9). No entanto, a flutuação dos valores de N-NH3 ruminal ao longo do dia foi mais acentuada na dieta F1 que nas dietas S1 e F2. A par com o menor valor de pH ruminal e a maior (P<0,05) taxa de digestão de MS in sacco observados na dieta F1, verificou-se uma tendência para uma concentração ruminal superior de ácidos gordos voláteis nesta dieta (65,9 mmo1/1), relativamente à observada nas dietas S1 (56,3 mmo1/1) e F2 (50,9 mmo1/1). A concentração de ácido propiónico foi inferior (P<0,05) nas dietas S1 e F2, face à verificada na dieta Fl. A percentagem molar de ácido acético foi muito elevada (84-86%) em qualquer das dietas estudadas.
Os animais alimentados com a dieta S1 apresentaram menores (P<0,05) taxas de passagem da fase sólida no rúmen (2,1%/h), do que os alimentados com a dieta F1 (3,8%/h). Estes resultados poderão Justificar os maiores coeficientes de digestibilidade da NDF da S1, uma vez que não se observaram diferenças significativas nas taxas de digestão do NDF em qualquer das três forragens. 0 F2 apresentou um tempo de latência superior (P<0,05) na digestão in sacco da NU, e uma degradabilidade potencial da MS inferior (P<0,05) à das outras duas forragens.
Numa 3ª experiência foram comparados os ganhos médios diários e as características das carcaças de borregos alimentados com dietas à base de feno (F) ou silagem (S), suplementadas com um concentrado energético e proteico incorporado nas dietas em dois níveis: 30 g (N1) e 50 g (N2) por Kg/PP.75. 0 incremento da suplementação do N1 para o N2 causou aumentos significativos (P<0,001) na ingestão total de MS e no ganho médio diário, da ordem de 16% e 48%, respectivamente. Os rendimentos corrigidos de carcaça e peças nobres não foram significativamente afectados pelos tratamentos. 0 método de conservação apenas afectou significativamente a % de músculo na carcaça e a relação músculo/osso, que foram inferiores (P<0,01) nos animais alimentados com silagem. 0 incremento da suplementação para o nível mais elevado aumentou significativamente (P<0,01) o peso de carcaça em 21%, a percentagem de gordura da carcaça em 19%, a relação músculo/osso em 9%, e diminuiu (P<0,01) a percentagem de osso da carcaça, que foi muito elevada (25 %) em todos os tratamentos.
Concluiu-se que a ensilagem permite uma preservação do valor alimentar desta forragem idêntica à verificada com a fenação, quando efectuada no mesmo estado fenológico. A menor dependência da ensilagem relativamente às condições pluviométricas permite uma antecipação da época de corte, e assim tirar partido dum melhor valor alimentar da forragem em estados de maturação mais precoces. A viabilidade económica da opção pela ensilagem deverá, no entanto, ser estudada, face à melhoria observada no valor alimentar desta forragem, aos investimentos requeridos em maquinaria e à produção de MS/ha Passível de ser obtida em estados de maturação mais precoces.
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ABSTRACT
A COMPARISON BETWEEM OATS X VETCH HAY AND SILAGE- THE EFFECT ON FEEDING VALUE AND ANIMAL PERFOMANCE
The objective of the work reported in this thesis was the study of the effect of ensiling, as an alternative method to hay-making, on the feeding value of oats and vetch forage. In a first experiment the nutritive value of hay, cut at two different stages of maturity (F1 and F2), was compared with silage (S1), harvested simultaneously at first stage of maturity. Mean dry matter intake (g/Kg LW0. 75) for wether sheep fed ad libitum was: 39.9 for diet S1; 44.8 for diet F1 and 37.4 for diet F2; therefore., there were no significant difference , 8 between diet. The coefficients of digestibility presented by S1 for NDF (66.8 %), ADF (63.5 %) and nitrogen (61.3%) were, higher (P<0.05) than those presented by F1 for same parameters (63.0%; 56.1% and 49.3%, respectively). Delaying cut to a more advanced stage of maturity (F2) decreased (P<0.05) nitrogen content of the forage by 52% and organic matter and nitrogen digestibility by 18% and 65%, respectively. Nitrogen retention for diet S1 (2.6 g/day) and F1 (0.8 g/day) did not differ significantly, being both higher (P<0.05) than the values observed for diet F2 (-1.4 g/day). There were, no differences between forages on urinary nitrogen (% of N intake), suggesting a good efficiency on the N utilisation of silage in the rumen.
A second experiment studied the effect of the method of conservation and the stage of maturity on the pattern of rumen fermentation. Rumen pH was lower (P<0.05) in wether sheep fed with F1 (7.07) than on those fed with S1 (7.24) and F2 (7.24) diet. There were no significant differences between diets on the levels of rumen N-NH3 (mg/100 ml), as shown by the following values: S1=8.5; F1=10.3; F2=5.9). However, the fluctuation over
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the day period, was more significant on sheep fed with diet F1 than on those fed with S1 and F2 diets. According to the lowest (P<0.05) ruminal pH and the highest (P<0.05) rate of digestion of dry matter, it was observed a tendency to a higher level of total volatile fatty acids in the rumen of the animals fed with F1 (65.9 mmo1/1), compared to those fed with S1 (56.3 mmo1/1) and F2 (50.9 mmo1/1) diets. The molar proportions of ruminal acetic acid were high (84-86%) in all diets.
Rates of digestion of NDF did not differ between treatments. The higher NDF digestibility of silage was associated with a lower (P<0.05) rate of passage of particulate matter in the rumen, observed in sheep fed with this diet (2.1 %/h). As comparison, the same rate in sheep fed with F1 was 3.8 %/h. Lag time for diet F2 was the highest (P<0.05) and potencial degradability of dry matter for the same diet was the lowest (P<0.05).
A third experiment was carried out to examine growth and carcass composition of lambs fed with basal diets of either hay or silage supplemented with a protein and energy concentrate at two levels: 30 g (N1) and 50 g (N2) per Kg/LW0.75. Higher level of supplementation incresead (P<0.05) total dry matter intake and liveweigth gain by 16% and 48%, respectively. Corrected killing-out rate and percentage of leg + loin + saddle were, not affected by treatments. Percentage of lean meat and meat/bone rate were lower (P<0.01) in the lambs fed with silage. The higher supplement rate increased significantly (P<0.05) carcass weight by 21% the proportion of fat in the carcas8 by 19% and meat of bone rate by 19% and decreased (P<0.05) the proportion of bone in the carcass, which in any treatment was very high (25%).
For this forage, it was concluded that silage and hay, providing they were out at same stage of maturity, have similar feeding value. Since silage is less affected, by weather conditions, it allows an earlier cut, taking therefore advantage of a better stage of maturity. However, the economical viability of silage making option must be studied, relating the observed increasing in the feeding value, the required investment on equipment and dry matter production/ha that could be obtained in earlier stages of maturity. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/11019 |
Type: | doctoralThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Doutoramento
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