Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/32102

Title: Caderno de apoio - O sistema radicular
Authors: Cardoso, Hélia
Gazarini, Luiz
Keywords: sistema radicular
histologia
anatomia
Issue Date: 11-May-2022
Abstract: As plantas possuem um sistema radicular subterrâneo com um crescimento direcionado para o centro da terra – geotropismo positivo (definido ao nível da columela – ver detalhes no ponto 1.3). Existem, no entanto, exceções, em que as raízes se desenvolvem no sentido inverso, podendo apresentar geotropismo negativo absoluto ou parcial (raízes plagiotrópicas), o que está intimamente relacionado com o grau de encharcamento mais ou menos permanente do solo e configura uma adaptação da raiz a esses habitats. É o caso das raízes aéreas (pneumatóforos) em mangais intermitentemente inundados, por exemplo. Outras excepções resultam do habitat ocupado pela planta, como é o caso das raízes aéreas das plantas epífitas, ou das raízes aquáticas de plantas aquáticas. Na generalidade dos casos, o sistema radicular permite a fixação ao substrato e a absorção de água e sais minerais necessários à atividade fotossintética que decorre no sistema aéreo (tecidos verdes, em particular nas folhas). Fixação e absorção podem ser consideradas as duas principais funções do sistema radicular das plantas. No entanto, em condições naturais, as raízes podem ainda ser responsáveis pela condução de diversas substâncias através do seu sistema vascular (ex. hormonas, moléculas sinalizadoras de stress, agentes patogénicos, etc), podem apresentar-se como o principal órgão de reserva acumulando amido, água ou ar, podem assegurar as trocas gasosos (pneumatóforos), ou ser responsáveis pelo estabelecimento de associações simbióticas com bactérias (ex. Rhizobium spp.) e fungos (ecto e endomicorrizicos) que lhes permitem um aporte adicional de nutrientes. O estabelecimento de simbioses com microorganismos do solo traduz-se muitas vezes num aumento da tolerância da planta a condições ambientais adversas, e num crescimento mais vigoroso, o que em culturas agrícolas se traduz num aumento de produção. As associações estabelecidas com fungos micorrízicos permitem também estabelecer no solo uma rede complexa de hifas que, ao contactarem com raízes de diversas plantas, permitem a troca de substâncias entre elas – comunicação. Morfologicamente, a raíz difere do caule por ser um órgão não segmentado em nós e entrenós, por não apresentar folhas nem gemas axilares, e pela ausência de cloroplastos (clorofila) uma vez que se trata de um órgão não fotossintético (exceções podem encontrar-se em raízes aéreas como encontrado em orquídeas epífitas). A acumulação de grandes quantidades de amido e proteínas nas raízes de algumas plantas permitiu integrar várias espécies na dieta humana. São os exemplos a cenoura (Daucus carota), que armazena reservas de amido e vitamina A no córtex da raíz principal, a beterraba (Beta vulgaris), que acumula sacarose no parênquima cortical, a batata doce (Ipomoea batatas), que acumula pequenas quantidades de vitaminas, alguma sacarose, β-caroteno e amido, e o rábano (Raphanus sativus), que acumula água. Para além da utilização direta na alimentação, existem outros exemplos da aplicação das raízes, desde a utilização da madeira para fabrico de diversos utensílios, até à extração de metabolitos com aplicação na indústria de curtumes (Rumex hymenosepalus), na indústria alimentar e na farmacêutica (Astragalus gummifer).
URI: http://hdl.handle.net/10174/32102
Type: other
Appears in Collections:BIO - Publicações de Carácter Pedagógico

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