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Title: Plantas medicinais da Península de Setúbal. Contribuição para o conhecimento da sua relevância Etnobotânica
Authors: Santos, S.
Correia, A.I.D.
Figueiredo, A.C.
Dias, L.S.
Dias, A.S.
Keywords: Etnobotânica
Issue Date: 2006
Citation: Santos S, Correia AID, Figueiredo AC, Dias LS, Dias AS 2006. Plantas medicinais da Península de Setúbal. Contribuição para o conhecimento da sua relevância Etnobotânica. In: AC Figueiredo, JG Barroso, LG Pedro (eds). Potencialidades e Aplicações das Plantas Aromáticas e Medicinais. Curso Teórico-Prático, pp. 147-154, Centro de Biotecnologia Vegetal, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Lisboa.
Abstract: A Península de Setúbal engloba ambientes muito distintos, na medida em que, por um lado, alberga cidades de grande/média e pequena dimensão, intimamente relacionadas com a capital, e por outro, áreas bem preservadas que integram parques naturais ou reservas/zonas protegidas. Assim sendo, os principais objectivos deste estudo prenderam-se com: 1) a caracterização dos remédios vegetais usados por populações distintas (as de áreas urbanas e as de áreas rurais); 2) a comparação e compreensão destas práticas (modo de aquisição e transmissão) e 3) a avaliação da influência da flora envolvente e da disponibilidade das plantas na sua persistência nestas populações. Os dados foram obtidos através de entrevistas semi-estruturadas a 121 pessoas, maioritariamente idosos, e permitiram recolher informações relativas ao nome vernáculo das plantas, à sua utilização terapêutica, ao seu modo de obtenção, aos procedimentos de colheita, à parte utilizada, ao seu modo de utilização, conservação e administração, a precauções/contraindicações do tratamento e ao modo de avaliação da sua eficácia, à fonte deste conhecimento e a outras utilizações das plantas. Foram referidos 186 usos medicinais distintos para os 253 taxa tentativamente catalogados, correspondendo a [Lavatera cretica L., Malva spp. (M. nicaeensis All.; M. sylvestris L.; M. tournefortiana L.); Pelargonium graveolens L' Her.] (“malvas”) o maior número de usos (31), enquanto que o taxon mais citado foi Aloysia triphylla (L'Hérit.) Britt. (“doce-lima”) (60 entrevistas). O grupo terapêutico com maior número de usos atribuído foi “Sistema digestivo” e o uso mais citado foi “Estômago” (45 taxa). Para averiguar de que modo as plantas eram caracterizadas pelos usos e os informantes pelas características identitárias (idade, sexo, local de nascimento, local de residência, escolaridade e actividade profissional) e plantas usadas (espécies, modo de aquisição, objectivo e regularidade do uso), recorreu-se à Análise das Correspondências seguida de Classificação Automática. Verificou-se que apesar de muitas das plantas terem várias aplicações terapêuticas, eram frequentemente utilizadas em afecções fisiologicamente relacionáveis. Constatou-se também que os informantes residentes em áreas mais urbanas apresentavam características distintas daqueles que residiam em áreas mais rurais, sendo que a sua área de residência tinha influência nas plantas que usavam. Para muitos dos parâmetros analisados a percentagem de esquecimento/desconhecimento foi importante, revelando que muitos dos informantes já não têm bem presentes os conhecimentos da medicina tradicional, o que confere urgência a uma recolha mais exaustiva destes conhecimentos, antes que desapareçam por completo.
URI: http://hdl.handle.net/10174/11963
Type: bookPart
Appears in Collections:BIO - Publicações - Capítulos de Livros

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