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http://hdl.handle.net/10174/5228
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Title: | Influência de factores edáficos e geomorfométricos na variabilidade espacial da produtividade do milho regado com rampa rotativa. |
Authors: | Alexandre, Carlos Coelho, Renato Silva, Luis Leopoldo Marques da Silva, José Rafael |
Keywords: | variabilidade espacial milho Rega rampa rotativa |
Issue Date: | 2008 |
Citation: | Alexandre, Carlos; Coelho, Renato; Silva, Luis Leopoldo; Marques da Silva, José Rafael. Influência de factores edáficos e geomorfométricos na variabilidade espacial da produtividade do milho regado com rampa rotativa. Trabalho apresentado em III Congresso Ibérico da Ciência do Solo, In Resumos do III Congresso Ibérico da Ciência do Solo. Évora, 2008. |
Abstract: | Apesar de constituírem um bom exemplo de tecnologia adaptada a terrenos ondulados, as rampas rotativas não permitem adaptar a rega (e a fertirrigação) à variabilidade dos solos abrangidos no seu raio de acção. De um modo geral, toda a gestão dos sistemas de produção em que estes equipamentos são usados se baseia na concepção duma parcela homogénea. A gestão homogénea de áreas intrinsecamente heterogéneas não evita que ocorram diferenças de produtividade substanciais numa mesma parcela, com o consequente desperdício de recursos numas zonas e de potencial produtivo noutras. O presente estudo visa compreender algumas das causas da variabilidade da produtividade do milho para grão, regado com rampa rotativa, bem como os possíveis efeitos dessa variabilidade no solo e na cultura. Decorreu numa parcela situada cerca de 3 km a Norte de Fronteira, com declives que atingem 15% e Solos Mediterrâneos Pardos de xistos. A cultura recebeu adubações à sementeira (N, P, K), de cobertura (N) e fertirrigação (N). As variáveis medidas dividem-se em quatro grupos: geomorfométricas (altitude, declive, declive na linha de escoamento, distância à linha de água, curvatura longitudinal, curvatura transversal e “wetness” índex), edáficas (com excepção da profundidade do material originário, as restantes referem-se à camada 0-20 cm: textura, água utilizável, teor de água e grau de saturação, NO3-, P e K extraíveis, pH(H2O) e matéria orgânica), foliares (teores de NO3-, P, K, Ca, Mg, Na, B, Cu, Fe e Zn) e agronómicas (biomassa e produção de grão por unidade de área). As medições localizaram-se em 9 pontos de uma encosta (3 no alto, 3 na base e 3 a meia-encosta) e realizaram-se em 5 momentos do ciclo vegetativo da cultura, de Maio a Setembro de 2006. As variáveis geomorfométricas e edáficas caracterizam o terreno antes da cultura (Maio), o teor de água do solo, os teores de nutrientes do solo e das folhas foram monitorizadas em Junho, Julho e Agosto. A biomassa foi medida em Julho e Agosto e a produtividade (grão em t/ha) no final do ciclo da cultura, em Setembro. A produtividade, obtida para áreas circulares de 5 m de raio, registou valores entre 3 e 16 t/ha de grão. Usou-se a Análise de Componentes Principais (ACP) para determinar as variáveis mais relevantes na explicação dos dados obtidos. Em nenhum dos casos a variável biomassa apresentou melhor correlação com as variáveis estudadas do que a variável produtividade. As variáveis de caracterização do terreno permitiram sempre uma melhor explicação dos dados do que as variáveis de monitorização do solo e da cultura. As 3 primeiras componentes da ACP, com as variáveis geomorfométricas e edáficas mais relevantes, permitem explicar 67, 87 e 94% da variância total. O eixo 1 traduz uma forte correlação negativa entre dois grupos de variáveis: no primeiro grupo inclui-se a curvatura longitudinal, o “wetness” índex, a percentagem de areia e o potássio extraível do solo; o segundo grupo inclui, a curvatura transversal, a distância à linha de água e a percentagem de argila. A produtividade do milho correlaciona-se positivamente com o primeiro grupo de variáveis e negativamente com o segundo, ou seja, é maior na base das encostas onde a camada arável é mais arenosa e mais rica em K extraível e menor nas zonas do alto das encostas e cumeadas onde a textura da camada arável tende a ser mais argilosa. O eixo 2 engloba apenas o declive na linha de escoamento e o fósforo extraível do solo, mas estas variáveis não apresentam qualquer correlação com a produtividade do milho, indicando que o fósforo apresentou teores suficientes em toda a área estudada e poderia ter sofrido perdas pelo escoamento superficial. A análise das variáveis de monitorização revelou que em Junho o K extraível do solo e o K foliar se juntam ao primeiro grupo de variáveis do eixo 1, com forte correlação positiva com a produtividade, e os teores em Ca e Mg das folhas se juntam ao segundo grupo com correlação negativa, sugerindo possíveis limitações de K nas zonas de cumeada e de excesso nas de base de encosta. No mês de Julho as variáveis monitorizadas não apresentaram grande relevância explicativa. No mês de Agosto, o NO3- do solo e o Ca foliar juntam-se ao segundo grupo de variáveis do eixo 1, de elevada correlação negativa com a produtividade. É de salientar que a correlação dos nitratos com a produtividade se inverteu, isto é, passou de positiva no inicio do ciclo da cultura (mais N na base da encosta) para negativa no final (mais N no cimo das encostas). |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/5228 |
Type: | conferenceObject |
Appears in Collections: | MED - Comunicações - Em Congressos Científicos Internacionais ERU - Comunicações - Em Congressos Científicos Internacionais
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