A Filosofia com crianças na escola pública brasileira. O programa de Walter Kohan

Abstract

Durante alguns anos Walter Kohan dedicou sua vida e seus estudos à Filosofia, vendo-a como uma actividade livre, mutável e incrível, porém, ao inflectir para o estudo da Filosofia para Crianças percebeu que esta precisava de um novo paradigma escolar: a escola precisaria de compreender a criança como um ser pensante único e a infância como a parte fundamental para formação de seu caráter. A partir desta convicção, seus estudos contribuiram significativamente para que as escolas passassem a rever seus ensinos e sua postura, de modo a gerar formas de actuação, seja de ordem cognitiva, moral ou política. Daí sua crítica aos processos de controle e discipliniração que têm sido apoiados pelas Ciências da Educação, pautadas pela objectividade, sendo que a escola tem sido o espaço institucional de aplicação. Para Kohan, estes dois processos têm negado a infância em si, entendida como período da vivência humana das primeiras experiências relacionais (corpo, linguagem, pensamento, acção, emoções) e estruturante das experiências possíveis para o ser humano. Com base no pensamento e na prática de Matthew Lipman em Filosofia para Crianças, Kohan considerou criticamente a escola (instituição da ordem vigente), a educação (mercantilização dos saberes), a filosofia (pensar técnico e histórico) e propôs uma alteração desta relação. Kohan elaborou um modelo de formação capaz de levar a Filosofia às escolas públicas, incluído as escolas de zonas económica e socialmente não favorecidas. Assim, o presente trabalho teve como objetivo geral estudar as atividades desenvolvidas no projeto “Em Caxias a filosofia en-caixa?” desenvolvido por Walter Kohan nas escolas do Rio de Janeiro, indagando: Quais as contribuições do projeto para as crianças? Através de um estudo qualitativo e hermenêutico, baseado em livros, artigos científicos e teses, o presente estudo concluiu que a Filosofia não tem de desprezar a infância, podendo até serem aliadas, no sentido de que ambas são livres e potencializadoras de novas aprendizagens; Abstract: Philosophy with children in Brazilian public schools: Walter Kohan's program During Walter Kohan Philosophy, his original life and his studies, the school seeing it as a free, changeable and incredible activity, however, to the study of Philosophy for Children for Years Reflect for the Study of Philosophy for Children to the Revolutionary, which it needed of a new paradigm of understanding the child as a unique thinking being and childhood as the fundamental part for the formation of its character. From their way of teaching and their policy, they will contribute significantly so that as studies are to review their moral teachings or their posture, so that their teaching is a cognitive order of action. Hence his criticism of the processes of control and discipline that have been supported by Educational Sciences, guided by objectivity, and the school has been the institutional space of application. For Kohan, these two processes have denied childhood itself, understood as the period of the first human experience of relational experiences (body, language, thought, action, emotions) and structuring of possible experiences for human beings. Based on Lipman's thought and practice, Kohan considered the school of the technical and current order), philosophy in philosophy in education (thinking thinking) and philosophy for children (Matthew, can change this technical and historical relationship) Kohan elaborated a model of training capable of taking Philosophy to public schools, including schools in economically and socially disadvantaged areas. Thus, the general work study as an activity developed in the project “In Caxia a Philosophy en-Objective?” developed by Walter Kohan in schools in Rio de Janeiro, asking: What contributions does the project make to children? Through a qualitative hermeneutic study, based on books, scientific articles and theses, the present study concluded that Philosophy does not have to despise childhood, and can even be allies, in the sense that both are free and enhancers as new learning.