Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/31094

Title: Defesa internacional contra as doenças epidémicas: Da visão de Jules Héricourt
Authors: Bonito, Jorge
Editors: Gil, Francisco Baptista
Rocha, Rute
Keywords: Héricourt
peste bubónica
controlo sanitário
médico de bordo
passe sanitário
Issue Date: Feb-2022
Publisher: Revista Multidisciplinar
Citation: Bonito, J. (2022). Defesa internacional contra as doenças epidémicas: da visão de Jules Héricourt. Revista Multidisciplinar, 4(2), 75-94.
Abstract: As doenças epidémicas que assolaram as populações europeias vieram juntar-se às misérias já existentes até meados do século XIX, provocando consideráveis perdas de vidas humanas. O continente europeu tem uma longa história com a peste, doença causada pela bactéria Y. pestis. Ao contrário do que se possa pensar, a peste bubónica não é uma doença do passado. Continua presente em mais de uma dezena de países do mundo. Este artigo analisa as ideias de Jules Héricourt relativamente à transmissibilidade internacional das doenças epidémicas e o modo de mitigar as suas cadeias. Apoia-se, na essência, na sua obra Les Frontières de la Maladie, nomeadamente na Défense internationale contre las maladies épidémiques, et systémes quarantenaires. Em 1901, um surto de peste assolou os passageiros e a tripulação do navio Senegal, num cruzeiro no Mediterrâneo. Foi imposta uma quarentena a toda a tripulação e aos 174 passageiros no lazareto do arquipélago francês de Frioul. Registou-se uma morte. A falta de serviços mínimos e de medidas de desinfeção imediata dos passageiros e dos respetivos pertences poderia ter agudizado o problema. Héricourt, médico coautor da seroterapia, discorda dos métodos adotados pelas autoridades sanitárias, que seriam ilusórios na defesa internacional contra as doenças epidémicas. O autor propõe uma dupla solução prática e eficaz para o problema da transmissão das doenças exóticas nas viagens marítimas: a valorização do passe sanitário e a modificação do papel do médico de bordo. Todos os passageiros provenientes de territórios contaminados deveriam ser portadores do passe sanitário, sob rigoroso controlo das autoridades. Ao médico de bordo caber-lhe-ia constituir-se como verdadeiro agente da administração sanitária, como higienista, desmascarando potenciais doentes a partir de exames médicos durante a viagem e evitando que passageiros dados como sãos contaminassem a comunidade, por estarem efetivamente doentes.
URI: https://revistamultidisciplinar.com/index.php/oj/article/view/86/117
http://hdl.handle.net/10174/31094
ISSN: 2184-5492
Type: article
Appears in Collections:PED - Publicações - Artigos em Revistas Nacionais Com Arbitragem Científica

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