|
Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/10174/28236
|
Title: | A angústia como possibilidade de rearticulação de sentido na psicoterapia fenomenológica - hermeneutica |
Authors: | Toso, André Vicente Resende |
Advisors: | Duarte, Irene Filomena Borges |
Keywords: | Martin Heidegger Psicoterapia Angústia Tonalidade afetiva Cuidado Martin Heidegger Psychotherapy Anguish Mood Care |
Issue Date: | 19-Jun-2020 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | A presente investigação reflete a respeito da tonalidade afetiva fundamental da
angústia, como proposta ao longo da obra de Martin Heidegger, como possibilidade de
rearticulação de sentido no contexto da psicoterapia. Para tanto, inicialmente, é necessário
repensar as bases metafísicas da atividade clínica prática sob uma perspetiva do homem
como aí-ser, amparando-nos no desenvolvimento da daseinsanálise e, ao mesmo tempo,
retomando as origens da atividade, para a proposição de que é o próprio encontro
paciente-psicoterapeuta que possibilita que a angústia conduza à rearticulação
compreensiva-afetiva de sentido.
Tal encontro, com base no cuidado heideggeriano, utiliza como método a
fenomenologia-hermenêutica, suspendendo teorias psicológicas, psicanalíticas e
psiquiátricas e centrando-se nos modos existenciais do encontro paciente-psicoterapeuta
para um desvelamento do ser, para um pressentir da angústia que possibilite a
rearticulação da privação existencial do paciente em sua estrutura integral como ser-nomundo.
A seguir, apoiamo-nos nos parágrafos centrais de Ser e Tempo (1927) a respeito
da angústia e na conferência “Que é metafísica” (1929), aproximando o pensamento
heideggeriano das reflexões de Sigmund Freud, além da obra “O Conceito de Angústia”,
de Søren Kierkegaard, e do pensamento clínico de Medard Boss. A intenção é criar um
diálogo entre a Angst heideggeriana, a filosofia existencial e a prática clínica, que nasce
com a psicanálise, não nos esquecendo do objetivo prático da presente tese.
Por fim, procuramos elucidar os motivos de a tonalidade afetiva fundamental da
angústia ser uma possível fonte de rearticulação de sentido na psicoterapia e como, de
forma prática, o modo de ser existencial do psicoterapeuta pode permitir tal possibilidade
no contexto clínico do encontro com o paciente, abrindo outras veredas para se pensar o
sentido e a razão de ser da psicoterapia; The fundamental mood of anguish as a possibility for the meaning rearticulation in
psychotherapy
Abstract:
The present research reflect´s on the fundamental mood of anguish, as proposed
throughout Martin Heidegger’s work, as a possibility of meaning rearticulation in the
context of psychotherapy. Initially, it is necessary to rethink the methaphysical basys of
practical clinical activity to a perspective of man as Dasein, approaching the daseinsanalysis
and, at the same time, returning to the origins of the activity, for the proposition that
it is the bond patient-psychotherapist that allows the anguish to enable a comprehensiveaffective
meaning rearticulation. Such a bond, based on Heideggerian care, uses as phenomenological-
hermeneutic method, suspending psychological, psychoanalytic and psychiatric
theories and focusing on the existential modes of the psychotherapist for an unveiling
of the being, for a sense of the anguish that allows the rearticulation of the patient's
in its integral structure as being-in-the-world.
In the second moment, we meditate on the central paragraphs of Being and Time
(1927) on anguish and on the lecture "What is Metaphysics" (1929), bringing
Heideggerian thought closer to Sigmund Freud's reflections, the work The Concept of
Anguish (1844), by Søren Kierkegaard, and the clinical thinking of Medard Boss. The
intention is to create a dialogue between the Heideggerian angst with existential philosophy
and clinical practice, which is born with psychoanalysis, not forgetting the practical
objective of the present thesis.
Finally, we intend to elucidate the reasons why the fundamental affective mood
of anguish is a possible source of rearticulation of meaning in psychotherapy and how, in
a practical way, the psychotherapist's existential way of being can allow this possibility
in the clinical context of the encounter with the patient, opening other paths to think the
meaning and raison of psychotherapy. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/28236 |
Type: | doctoralThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Doutoramento
|
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.
|