Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/15477

Title: Contrôle structurale de l'intrusion granitique de tawrirt (secteur d'adassil); implications à l'évolution géodynamique du haut-atlas occidental (Maroc)
Authors: Hadani, Mohamed
Advisors: Dias, Rui Manuel Soares
Keywords: Cartografia geológica
Geodinâmica
Maroc
Issue Date: 2003
Publisher: Universidade de Évora
Abstract: Résumé - Le secteur d'étude se situe dans le domaine occidental du Massif Ancien du Haut-Atlas. Il est à cheval entre la Zone axiale et la Zone Subatlasique Septentrionale. Ces deux zones sont délimitées par l'importante faille d'El Medinat. Plus au nord, l'accident d'Amizmiz sépare la Zone Subatlasique Septentrionale de la plaine alluviale du Haouz. Les terrains paléozoïques affleurant dans le secteur d'étude, sont intrudés par un massif granitique à deux micas, hyperalumineux d'une forme allongée suivant la direction approximative NW-SE qui est localement subparallèle à l'accident d'Adassil qui constitue le prolongement occidental de l'accident d' El Medinat. La faille d'Adassil jalonne la bordure nord-est que forme le massif avec son encaissant d'âge ordovicien. Le granite de Tawrirt s'observe à l'ouest de l'intrusion de Medinat, le long d'une flexure longitudinale, entre des terrains attribués au Cambrien inférieur, Cambrien moyen probable et des terrains ordoviciens. De point de vue stratigraphique, le secteur d'étude est dominé par un faciès attribué au Cambrien inférieur, constitué de roches volcano-détritiques. Ce faciès est surmonté par des schistes à patine satinée avec intercalations gréseuses, d'âge Cambrien moyen probable, affleurant dans l'encaissant sud-ouest du granite de Tawrirt. Des terrains ordoviciens formés de schistes à grauwackes situés essentiellement au nord de la faille d'Adassil. L'étude structurale entreprise dans le secteur d'Adassil permet de distinguer deux phases de déformation réparties selon l'ordre chronologique suivant: La première phase de déformation, Dl, est synschisteuse et progressive. Elle se répartie en deux épisodes successifs dans le temps: O L'épisode D1a est précoce, correspond au plissement majeur qui s'est exprimé dans le secteur étudié par des plis (PO à vergence NW, synschisteux et d'amplitude métrique. Ils sont accompagnés d'une schistosité de flux parallèle au plan axial de direction N40°-50° et de pendage d'environ 50° vers le SE. La linéation d'étirement est subparallèle à Taxe de pli. Ces structures sont repérées à l'affleurement dans la zone sud du secteur d'étude. Ces plis dessinent à 1'échelle du Haut-Atlas occidental des virgations à l'approximation des zones de cisaillement N60°-70° dextre. O Un épisode de déformation tardif Dib, consiste à une déformation moins souple que le premier. Il reprend les structures antérieures précoces. A l'échelle du secteur étudié, il s'agit du fonctionnement d'une mégazone de cisaillement de direction N120°-140° en régime transpressif sénestre avec partition de la déformation au niveau de la zone de cisaillement d'Adassil (ZCA). La déformation s'accentue du sud vers le nord à proximité de la ZCA et principalement dans l'encaissant sud-ouest du massif de Tawrirt. Cette direction est subparallèle aux structures cartographiques régionales. Durant la deuxième phase de déformation, D2, on assiste au fonctionnement en sénestre des zones de cisaillement de direction N60°-70°. Dans le secteur étudié cette déformation est responsable du décalage cartographique des structures comme le massif granitique de Tawrirt et probablement la ZCA. Dans l'encaissant de part et d'autre de la faille d'Adassil, la forme sigmoide de la schistosité est une indicatrice de la composante sénestre des zones de cisaillement N60°-70°. Cette déformation peut correspondre à la transition fragile-ductile. La déformation atlasique (alpine) est responsable de la réactivation de quelques structures antérieures varisques. Dans le secteur étudié, la zone de cisaillement d'Adassil va étre prise par la faille d'Adassil qui matérialise le prolongement de la faille d'El Medinat vers l'ouest. Cette dernière a été réactivée en faille inverse vers le nord. Dans ce contexte la bordure nord-est du granite va rejouer en faille inverse. L'étude de la relation métamorphisme-déformation indique que la mise en place du granite de Tawrirt est syn à tardi-cinématique par rapport à la phase synschisteuse tardive Dlb• /*** Resumo - O sector de estudo situa-se no domínio ocidental do Maciço Antigo do Alto Atlas. Localiza-se entre a Zona Axial e a Zona Subatlásica Setentrional. Estas duas zonas são delimitadas pela importante falha de El Medinat. Mais a norte, o acidente de Amizmiz separa a Zona Subatlásica Setentrional da planície aluvial de Haouz. Os terrenos paleozóicos aflorantes no sector de estudo são intruídos por um maciço granítico de duas micas, hiper-aluminoso, com uma forma alongada segundo uma direcção próxima de NW-SE, sendo localmente subparalelo ao acidente de Adassil que constitui o prolongamento ocidental de El Medinat. A falha de Adassil materializa o contacto nordeste com o encaixante, cuja idade é atribuída ao Ordovicico. O granito de Tawrirt é observado a oeste da intrusão de Medinat, ao longo de uma flexura longitudinal, entre os terrenos atribuídos ao Câmbrico inferior, Câmbrico médio provável e aos terrenos ordovicicos. Do ponto de vista estratigráfico, o sector de estudo é dominado por uma fácies atribuída ao Câmbrico inferior, que é constituída por rochas vulcano-detríticas. Sobre esta fácies, a sudoeste do maciço intrusivo, assentam os xistos acetinados com intercalações gresosas, cuja datação provável aponta para o Câmbrico médio. Os terrenos ordovicicos são formados por xistos e grauvaques que se situam essencialmente a norte da falha de Adassil. O estudo estrutural efectuado no sector de Adassil permite distinguir duas fases de deformação repartidas pela seguinte ordem cronológica: A primeira fase de deformação, D1, é sin-xistosa e progressiva. Ocorre repartida em dois episódios sucessivos no tempo: O episódio Dia , precoce e correspondente ao dobramento maior, é expresso na zona estudada pelas dobras Pi, vergentes para NW, sin-xistosas e com amplitudes métricas, acompanhadas por uma xistosidade de fluxo, paralela ao plano axial, com direcção N40°-N50° e inclinação próxima de 50° para SE. A lineação de estiramento é subparalela ao eixo do dobramento. Estas estruturas podem ser observadas nos afloramentos existentes na zona sul do sector de estudo. Estas dobras desenham à escala do Alto Atlas ocidental virgações próximas das zonas de cisalhamento N60°-70° direitas. O segundo episódio de deformação Dib, é tardio e consiste numa deformação menos dúctil que a anterior. Vai reactivar estruturas anteriores precoces. Ã escala do sector de estudo, manifesta-se pelo jogo de uma "megazona" de cisalhamento com direcção N120°-140°, em regime transpressivo esquerdo e com partição da deformação ao nível da zona de cisalhamento de Adassil (ZCA). A deformação acentua-se de sul para norte, nas proximidades da ZCA e principalmente no encaixante sudoeste do maciço de Tawrirt. Esta direcção é subparalela ás estruturas cartográficas regionais. Durante a segunda fase de deformação, D2, assiste-se ao funcionamento esquerdo das zonas de cisalhamento N60°-70°. No sector estudado esta deformação é a responsável pela separação cartográfica de estruturas como o maciço granítico de Tawrirt e provavelmente a ZCA. No encaixante, em ambos os lados da falha de Adassil, a forma sigmóide da xistosidade corresponde a um indício da componente esquerda nas zonas de cisalhamento N60°-70°. Esta deformação poderá corresponder á transição frágil-dúctil. A deformação atlásica (alpina), é a responsável pela reactivação de algumas estruturas anteriores variscas. No sector estudado, a zona de cisalhamento de Adassil vai ser retomada pela falha de Adassil que materializa o prolongamento da falha de El Medinat para oeste. Esta última terá sido reactivada como falha inversa para norte. Assim e neste contexto o bordo nordeste do granito vai rej ogar como falha inversa. O estudo da relação metamorfismo–deformação indica que a instalação do granito de Tawrirt é sin a tardi cinemática por comparação com a fase sin-xistosa tardia Dlb•
URI: http://hdl.handle.net/10174/15477
Type: masterThesis
Appears in Collections:BIB - Formação Avançada - Teses de Mestrado

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