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http://hdl.handle.net/10174/15189
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Title: | Ironia e autoreflexividade nas novelas policiárias de Fernando Pessoa |
Authors: | Gil, Cidália Maria Safara Estopa |
Advisors: | Santos, Maria Cristina Firmino |
Keywords: | Fernando Pessoa Novelas policiais Ironia Auto-reflexividade Filosofia Ciência/Epistemologia Contingência Fernando Pessoa Crime novels Irony Self-reflexivity Philosophy Science/Epistemology Contingency |
Issue Date: | 2010 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | Este ensaio pretende relevar uma das facetas menos conhecidas e reconhecidas
da literatura pessoana - a policial. A partir do nosso estudo, iremos pesquisar se o
procedimento irónico, presente em grande parte da obra literária de Fernando Pessoa
se materializa na sua proposta policiária. O próprio termo - policiárias- aplicado às
novelas, será apenas um neologismo ou, sobretudo, uma tentativa de inserir a ironia
no acto de criação de um novo género?
Sendo a ironia uma característica da modernidade, ao aliar-se à negação de
normas e padrões do seu período histórico, instituindo a dúvida e a incerteza,
produzirá inevitavelmente uma análise reflexiva e crítica face à realidade. Essa
reflexão permitirá talvez estabelecer uma ponte metodológica entre as margens do
romance policial, da filosofia e da ciência.
Será a ironia, nas novelas policiárias de Pessoa, um mero expediente literário ou
um pretexto para reflexões mais profundas sobre a sua época, como em muitas das
suas obras? E se assim for, não terá sido também a sua escolha das novelas
policiárias - frequentemente discriminadas nos estudos literários – um exemplo de
ironia? Serão os pressupostos teóricos de alguns pensadores como Sócrates,
Kierkegaard, Bergson, Schopenhauer, Rorty e Linda Hutcheon que irão auxiliar a
nossa investigação sobre esta matéria; ABSTRACT: This thesis approaches one of the least known and less reputed components of
Fernando Pessoa’s literary work – his crime novels. The use of irony as a literary
device is often present in Pessoa’s work. The present essay intends to assess whether
irony also emerges as writing device in his crime novels. For instance, the peculiar
way Pessoa himself named his incursion in the field of crime novels as “obras
policiárias” – was this simply a neologism or already an attempt to insert irony in his
very act of trying out a new genre?
Irony in itself is often a critical reflection of the patterns and norms of a society’s
historical period, raising the kind of doubt and uncertainty we often link to
modernity. As such, irony can be used as methodological basis for the analysis of
broader philosophical and epistemological issues emerging in a particular moment in
time. Was irony in Pessoa’s crime novels then merely a literary device or the trigger
to more profound reflections on his times, as many of his other works were? And if
so, was his choice of crime novels – so often the underdog of literary work – as the
means for this type of analysis not already a little irony on its own? This essay resorts
to the work of thinkers like Sócrates, Kierkegaard, Bergson, Schopenhauer, Rorty e
Linda Hutcheon to shed light into this new perspective of Pessoa’s work. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/15189 |
Type: | masterThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Mestrado
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