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http://hdl.handle.net/10174/13572
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Title: | O processo de transição do familiar a cuidador da pessoa com depressão |
Authors: | Marques, Maria de Fátima Lopes, M. J. |
Keywords: | cuidador familiar transição depressão |
Issue Date: | 22-May-2014 |
Publisher: | Encontro de doutorandos em Enfermagem da Universidade de Lisboa |
Citation: | Marques,M.F. e Lopes,M.J. (2014). O processo de transição do familiar a cuidador da pessoa com depressão.Encontro de doutorandos em enfermagem da Universidade de Lisboa, Lisboa. |
Abstract: | Atualmente o internamento em unidades de saúde é considerado um recurso de última linha, sendo no contexto familiar e social que a pessoa vive a sua depressão. Os familiares, através de uma atitude pro ativa, devem adotar um papel diferençado e ser vistos como aliados importantes na prestação de cuidados, tendo que se adaptar às novas formas de gerir o quotidiano. Este papel não é passivo e tem consequências importantes, sobretudo nos estilos de vida e relações interpessoais. É esperado que os familiares se assumam como cuidadores informais de uma pessoa, cuja situação clínica desconhecem e para a qual não estão preparados, por não saber que fazer. Vivem um processo de mudança; mas como ocorre essa mudança?
Como é que o elemento da família se torna cuidador do seu familiar com depressão?
Objetivos:- caraterizar o processo de adoecer com depressão, na perspetiva do familiar e doente;
- Identificar reações que o familiar desenvolve na relação com o doente
- Descrever estratégias utilizadas pelo familiar para cuidar do elemento com depressão;
- Conceituar padrões de resposta presentes no processo de transição do familiar a cuidador.
Metodologia: desenho de natureza qualitativa e indutiva com recurso à Grounded Theory. Dois polos das consultas externas do departamento psiquiatria e saúde mental, Hospital de Évora, em duas cidades diferentes, de fevereiro a julho 2009. Seleção de participantes não probabilística intencional: adultos ou idosos com diagnóstico de depressão, habitar com familiares e ter capacidade cognitiva que permita recolher informação. Realizadas entrevistas a 20 participantes (8 doentes e 12 familiares), num total de 8 famílias.
Resultados: - a narrativa do processo de adoecer é multifacetada e assume contornos distintos para o doente e para o familiar, englobando o início, causas, características da doença e manifestações;
- mudança no comportamento dos familiares caracterizada pela alteração de papeis, isolamento, diminuição da comunicação, revolta, vergonha, absentismo laboral ou insucesso escolar;
- estratégias de cuidados do familiar polarizadas na compreensão e conflito, no afastamento e proximidade, recorrendo também ao controlo da terapêutica, à procura de ajuda médica e à autoaprendizagem..
Conclusão: quando há uma pessoa com depressão na família tudo se altera; para dar resposta ao novo contexto, os familiares mudam, construindo o seu papel de cuidador na interação quotidiana. As estratégias de cuidados desenvolvem-se de modo reativo em função do comportamento do doente, adquirindo contornos particulares de conteúdo desadequado à situação de saúde vivida.
Palavras-chave: cuidador familiar, transição, depressão
Ali, L. [et al] (2012) - Daily life for Young adults who care for a person with mental illness: a qualitative study. Journal of Psychiatric and Mental Health Nursing, 19, pp.610-617
Meleis, A. I. (2010) - Transitions Theory. Middle-range and situation-specific theories in nursing research and practice. New York: Springer Publishing Company.
Pereira, Helder Rocha (2013) – Subitamente cuidadores informais! Dando voz(es) às experiências vividas. Loures: Lusociência
Sant’Ana, Marília Mazzuco [et al] (2011) – O significado de ser familiar cuidador do portador de transtorno mental. Texto Contexto de Enfermagem, 20(1), pp.50-58. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/13572 |
Type: | lecture |
Appears in Collections: | ENF - Comunicações - Em Congressos Científicos Nacionais
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