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http://hdl.handle.net/10174/11950
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Title: | Tornar-se professor. Da idealização à realidade |
Authors: | Machado, Constança Maria S. S. Pinto Gomes |
Keywords: | Ser professor Ensino Formação de professores Teoria e política da educação |
Issue Date: | 1996 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | Ensinar é uma actividade pessoal, na qual se compromete toda a pessoa do professor. "The self is a crucial element in the way teachers themselves construe the nature of their job " (Nias, 1989, p.155).
Perceber o que é ser professor passa pela compreensão da forma como cada um vive a sua identidade profissional e se assume numa profissão que parece ser, simultaneamente, geradora de mal-estar e de auto-realização.
Como refere Lipiansky (1990), a noção de identidade' pode ser vista segundo duas perspectivas diferentes. Por um lado, temos aquilo a que pode chamar-se identidade social, conjunto de características que permitem identificar o sujeito a partir do exterior, e que tem a ver com os grupos a que este pertence. Tem, assim, a ver com o lugar, ou com os lugares que o self ocupa na ecologia social (Baugnet, 1991). Por outro lado, temos a identidade pessoal, enquanto percepção subjectiva que o sujeito tem de si próprio, "ensemble organisé dês sentiments, dês représentations, dês expériences et dês projets d'avenir se rapportant à soi" (Malewska-Peyre, 1990, p.112).
Apesar de permitirem olhares diferentes, são dois aspectos duma mesma realidade, resultando a identidade das relações complexas que se estabelecem entre o social e o pessoal, entre as definições exteriores de si e a forma como o indivíduo as percebe, a partir do seu interior. Nesta linha, a identidade pessoal teria a ver com a forma como o indivíduo se apropria das diferentes identidades sociais e as investe. Não é por isso possível separar uma da outra. Estamos próximos do conceito de identidade psicossocial, que, segundo Zavalloni (1973), procura exprimir a forma como o psicológico e o social se encontram na definição do sujeito. O importante passa por perceber, não só como é que o pertencer a um determinado grupo afecta a percepção de si próprio, mas também como é que o indivíduo participa nas transformações dessas significações. No estudo desta relação entre a consciência subjectiva da identidade e os atributos sociais, é importante ter presente que estes nunca são factos objectivos, pois cada pessoa pode viver a pertença a determinado grupo de forma diferente, atribuindo-lhe significados diversos. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/11950 |
Type: | doctoralThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Doutoramento
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