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http://hdl.handle.net/10174/39885
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| Title: | Adaptation and learning in informal care: a health-education and rights-based approach to the perceptions and experiences of stroke survivors· informal caregivers |
| Authors: | Moura, Ana |
| Advisors: | Alves, Elisabete Pais, Sofia Amorim, Mariana |
| Issue Date: | 7-Mar-2025 |
| Abstract: | À medida que aumenta o número de sobreviventes por Acidente Vascular Cerebral (AVC)
com necessidades de cuidado a longo-prazo, aumenta o número de cuidadores/as
informais. De forma abrupta, estas pessoas têm de se adaptar ao novo papel,
frequentemente sem suporte de saúde, social e/ou educativo. A literatura tem-se
concentrado nas consequências físicas e psicológicas do cuidado informal,
negligenciando dimensões sociais e educativas, dificultando o desenvolvimento de
estratégias que considerem a complexidade da adaptação.
Partindo-se de uma perspetiva integradora de contributos das ciências da educação, da
saúde pública e da educação para a saúde, pretendeu-se compreender os processos de
adaptação e de aprendizagem de cuidadores/as informais de sobreviventes de AVC. Para
isso, foi desenhado um estudo de metodologias mistas convergente que inclui: 1) uma
revisão de escopo dos estudos acerca dos processos de adaptação de sobreviventes de
AVC e cuidadores/as informais; 2) uma análise reflexiva ao Estatuto do Cuidador
Informal no contexto português, articulando-a com perceções de cuidadores/as informais;
3) um estudo misto, com recurso a questionários estruturados e entrevistas
semiestruturadas com cuidadores/as informais para compreender os seus processos de
adaptação e aprendizagem. Esta tese tem por base o estudo CARESS, que inclui 443
cuidadores informais de sobreviventes de AVC internados entre setembro de 2018 e
agosto de 2019 em todas as Unidades de AVC do Norte de Portugal. Uma subamostra
participou numa entrevista semiestruturada, aproximadamente 12 a 18 meses após o
preenchimento do questionário (n=37).
Os resultados mostram que a adaptação ao cuidado informal é um processo inesperado,
desafiante e multisituado, dependente de barreiras e facilitadores individuais e sociais, e
também de aprendizagens experienciais, frequentemente não reconhecidas e suportadas.
Destaca-se também que o reconhecimento político (legal, social e económico) do cuidado
informal só é alcançado com a aplicação efetiva e inclusiva das medidas estabelecidas.
Esta tese reforça a pertinência de se problematizar temas de saúde além dos seus aspetos
biomédicos, reconhecendo-se as experiências de saúde/doença como contextos informais
de aprendizagem contínua e transformadora. Enquadrar esta problemática numa
perspetiva de direitos, cidadania e empoderamento, rejeitando visões que naturalizam as
práticas de cuidado e as consideram com base em necessidades e défices, é fundamental
para dar visibilidade, reconhecimento e suporte a este grupo. |
| URI: | http://hdl.handle.net/10174/39885 |
| Type: | doctoralThesis |
| Appears in Collections: | ENF - Formação Avançada - Teses de Doutoramento
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