Valorization of the peri-urban andean hillside landscape: transformations, socio-cultural dynamics, and urban-ecological challenges. Case study: Quito

Abstract

The study of the urbanized Andean hillside goes beyond an understanding of physical territory. As a space now inhabited, in a peri-urban condition, lived in and utilized, it becomes the setting for social dynamics, knowledge systems, traditions, and the identity of populations that have historically been marginalized and excluded from urban planning and development processes. The lack of knowledge and the absence of a deep and specific analysis of the Andean hillside territory have resulted in deficient development on multiple levels, from the loss of natural elements and Andean ecological heritage to the disconnection of society from urban development processes that overlook local identity, specific needs, and the conditions and risks to which these populations are exposed. This research, employing a multiscale and multidimensional approach, aims to highlight the various elements that comprise the Andean hillside landscape in Quito, with a focus on the northwestern area of the city. It proposes a comprehensive territorial analysis based on four key dimensions: biophysical, social, historical-cultural, and political. Each dimension is addressed individually but understood as part of an interconnected territorial system. The study concludes with the proposal of a territorial analysis tool: a matrix that synthesizes the aspects addressed throughout the research. It is built upon two analytical axes: on one hand, the four aforementioned dimensions; and on the other, the three territorial scales, macro, meso, and micro. The aim is to identify, more clearly and precisely, the key elements, strengths, and also the fragile aspects of the territory. The matrix is intended to serve as a preliminary diagnostic tool for more conscious, contextualized, and sustainable urban planning; - VALORIZAÇÃO DA PAISAGEM PERIURBANA DAS ENCOSTAS ANDINAS: TRANSFORMAÇÕES, DINÂMICAS SOCIO-CULTURAIS E DESAFIOS URBANO-ECOLÓGICOS. ESTUDO DE CASO: QUITO - RESUMO: O estudo das encostas andinas urbanizadas vai além da compreensão do território físico. Sendo agora um espaço habitado, em condição periurbana, vivido, humanizado, torna-se cenário de dinâmicas sociais, saberes, tradições e a identidade de populações historicamente marginalizadas e excluídas dos processos de planejamento e desenvolvimento urbano. O desconhecimento e a ausência de uma análise profunda e específica do território da encosta andina resultaram em um desenvolvimento deficiente em todos os aspectos, desde a perda de elementos naturais e do património ecológico andino até ao distanciamento da sociedade em relação aos processos de desenvolvimento urbano que ignoram a sua identidade, suas necessidades específicas e as condições e riscos aos quais está exposta. Esta pesquisa, por meio de uma abordagem multiescalar e multidimensional, busca valorizar as diferentes componentes que integram a paisagem de encosta andina de Quito, com foco na zona noroeste da cidade. Propõe-se uma análise integral do território considerando quatro dimensões-chave: biofísica, social, histórico-cultural e política-económica. Cada dimensão é abordada individualmente, mas entendida como parte de um sistema territorial interconectado. O trabalho conclui com a proposta de uma ferramenta para análise territorial: uma matriz onde que sintetizam os elementos abordados ao longo da pesquisa. Esta é construída a partir de dois eixos analíticos: por um lado, as quatro dimensões mencionadas anteriormente; e por outro, as três escalas territoriais: macro, média e micro. O objetivo é compreender de forma mais clara e precisa os pontos-chave, os pontos fortes, mas também os aspectos frágeis do território. A matriz busca ser uma ferramenta preliminar de diagnóstico para um planejamento urbano mais consciente, contextualizado e sustentável; - VALORISATION DU PAYSAGE PÉRI-URBAIN DES COLLINES ANDINES : TRANSFORMATIONS, DYNAMIQUES SOCIO-CULTURELLES ET DÉFIS URBANO ÉCOLOGIQUES. ÉTUDE DE CAS : QUITO - RÉSUMÉ: L’étude des collines andins urbanisés dépasse la simple compréhension du territoire physique. En tant qu’espace désormais habité, en condition périurbaine, vécu et utilisé, il devient le théâtre de dynamiques sociales, de savoirs, de traditions et de l'identité de populations historiquement marginalisées et exclues des processus de planification et de développement urbain. Le manque de connaissance et l’absence d’une analyse approfondie et spécifique du territoire andin en versant ont conduit à un développement déficient à tous les niveaux — depuis la perte des éléments naturels et du patrimoine écologique andin, jusqu’à la rupture entre la société et les processus de développement urbain qui ignorent son identité, ses besoins spécifiques et les conditions et risques auxquels elle est exposée. Cette recherche, à travers une approche multi-échelle et multidimensionnelle, vise à valoriser les différentes composantes du paysage de versant andin à Quito, en se concentrant sur la zone nord-ouest de la ville. Elle propose une analyse intégrale du territoire en considérant quatre dimensions clés : biophysique, sociale, historico-culturelle et politique. Chaque dimension est abordée individuellement, mais comprise comme faisant partie d’un système territorial interconnecté. L’étude se conclut par la proposition d’un outil d’analyse territoriale : une matrice qui synthétise les aspects traités tout au long de la recherche. Elle est construite à partir de deux axes d’analyse : d’une part, les quatre dimensions mentionnées précédemment ; et d’autre part, les trois échelles territoriales — macro, moyenne et micro. L’objectif est de comprendre plus clairement et précisément les éléments clés, les forces, mais aussi les fragilités du territoire. La matrice se veut un outil de diagnostic préliminaire pour une planification urbaine plus consciente, contextualisée et durable.