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http://hdl.handle.net/10174/39743
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| Title: | Projeto AdolesSer: Resultados da Intervenção no ano letivo 2024/25 |
| Authors: | Infante, Paulo |
| Keywords: | Literacia em saúde análise de dados |
| Issue Date: | Nov-2025 |
| Publisher: | Universidade de Évora |
| Citation: | Infante, P. (2024). AProjeto AdolesSer: Resultados da Intervenção no ano letivo 2024/25. Universidade de Évora e ACES, 57 p. |
| Abstract: | O presente relatório apresenta a avaliação do Projeto AdolesSer nas escolas do
concelho de Évora durante o ano letivo 2024/2025, integrando dados de questionários
aplicados a alunos do 6.º e 9.º anos, bem como opiniões dos respetivos professores. O
objetivo central foi analisar o impacto das sessões de educação para a saúde e
sexualidade ao nível do conhecimento, atitudes, comportamentos, perceção de
utilidade das sessões e satisfação global com a intervenção.
A análise quantitativa, baseada em comparações pré–pós intervenção não
emparelhadas, revelou melhorias consistentes e estatisticamente significativas em
várias dimensões do conhecimento, especialmente no 9.º ano, com efeitos robustos
em temas como métodos contracetivos, prevenção de IST e comportamentos de
proteção. No 6.º ano, observou-se igualmente evolução positiva em múltiplos tópicos,
com diferenças pré–pós moderadas, mas relevantes do ponto de vista pedagógico. As
análises comparativas (Qui-quadrado, Mann-Whitney, modelos lineares e binomiais)
mostraram ganhos sistemáticos, reforçados por testes de Dunn com correção de
Holm quando aplicável.
As fontes de informação dos alunos mantiveram-se estáveis, mas verificou-se um
aumento significativo da confiança nas profissionais de saúde após as sessões. No 9.º
ano, a caracterização do comportamento sexual revelou níveis elevados de uso de
métodos contracetivos entre alunos sexualmente ativos, com valores superiores aos
reportados para a média nacional da mesma faixa etária.
A avaliação qualitativa complementa de forma marcante estes resultados. Os alunos
demonstraram elevadíssima satisfação, destacando utilidade, pertinência, clareza,
linguagem acessível e ambiente seguro para colocar dúvidas, elementos captados
quer pela nuvem de palavras, quer pela categorização temática das respostas abertas.
Entre as sugestões, sobressaem pedidos de mais sessões, mais tempo e uso acrescido
de vídeos/atividades práticas.
Do ponto de vista dos professores, o grau de concordância foi quase unânime, com
todas as avaliações nos níveis máximos (4 e 5) em todas as dimensões analisadas:
pertinência dos temas, metodologias utilizadas, desempenho das técnicas de saúde e
contributo para a aprendizagem. As respostas abertas reforçam a valorização do
projeto, salientando a qualidade científica e comunicacional, a adaptação às turmas,
a relevância curricular e a capacidade de promover competências socioemocionais. A
maioria recomenda explicitamente a continuidade e eventual expansão do projeto.
Globalmente, os resultados evidenciam que o Projeto AdolesSer tem um impacto
educativo claro e mensurável, contribuindo para a literacia em saúde, tomada de
decisão informada, redução de mitos, promoção de comportamentos protetores e
criação de espaços seguros para diálogo. A articulação entre escola e profissionais de
saúde revela-se um ponto-chave para o sucesso observado. Estes dados fornecem à equipa coordenadora uma base robusta para sustentar decisões futuras, otimizar
conteúdos, ajustar metodologias e reforçar a continuidade deste projeto no concelho.
Com base na evidência quantitativa e qualitativa recolhida, emergem várias
recomendações práticas para a otimização do Projeto AdolesSer: (1) reforçar o número
de sessões por turma, especialmente no 9.º ano e em grupos altamente participativos,
garantindo tempo adequado para debate e esclarecimento de dúvidas; (2) aumentar
o uso de vídeos, objetos demonstrativos e atividades práticas, que foram
sistematicamente valorizados pelos alunos; (3) integrar momentos formais de
perguntas anónimas, uma vez que esta metodologia mostrou ser decisiva para
aumentar o conforto emocional e a participação; (4) reforçar e aprofundar temas
específicos sinalizados por alunos e professores, como métodos contracetivos,
higiene, maturidade e segurança na internet; e (5) continuar a articulação estreita
entre profissionais de saúde e docentes, dado o impacto claro dessa parceria na
aprendizagem e no envolvimento das turmas. Em conjunto, estas recomendações
contribuem para o aperfeiçoamento contínuo do projeto, assegurando maior eficácia
pedagógica e relevância para a comunidade escolar. |
| URI: | http://hdl.handle.net/10174/39743 |
| Type: | report |
| Appears in Collections: | CIMA - Relatórios
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