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Title: A PRAÇA DE GIRALDO E O SEU PAPEL NO DESENVOLVIMENTO URBANO DA CIDADE – ÉVORA, PORTUGAL
Authors: Tereno, Maria do Céu
Monteiro, Maria Filomena
Keywords: Évora,
Praça do Giraldo,
património,
Praças,
desenvolvimento urbano.
Issue Date: 14-Nov-2011
Abstract: A cidade de Évora viu-se, durante períodos bem definidos, ocupada por diferentes povos, com origens geográficas distintas, logo costumes, religiões e características bastante diferentes. À linearidade da cidade planeada dos povos romanos, seguiram-se a rudeza da cultura goda e a doçura poética da muçulmana. Estes tão diferentes legados constituíram contudo o lastro sobre o qual a urbe medieva eborense se desenvolveu, após a reconquista cristã. Se até finais do século XII os centros dos poderes, civil, político, militar, económico e religioso da cidade se situavam anexos ao edifício da Sé, local privilegiado central à área urbana amuralhada, nos séculos seguintes (XIII a XV) tal centro decisório foi progressivamente sendo transferido para espaço mais amplo, fora de “muros”. As antigas “Praça”, “Praça Grande” e “Praça do Pão” ou a actual “Praça de Giraldo” foram alguns dos topónimos que tal espaço assumiu ao longo dos séculos. Ocupando o Rocio, da primitiva Porta de Alconchel, e constituindo um espaço de cruzamento de vias de acesso à cidade, a sua configuração acompanhou o desenvolvimento dos antigos fossos da urbe. A construção em finais do século XV do edifício da Câmara Municipal num dos topos do espaço, o posicionamento embora muito anterior da antiga ermida de Stª. António o eremita, situada no topo contrário do espaço, definiu um eixo longitudinal que se acentuou com a progressiva edificação de outros edifícios públicos. Foram exemplo dessa construção privilegiadamente localizadas os “Estaus” do rei, a casa do peso assim como diversas tendas pertença do município. Era este o espaço de venda dos mais diferenciados produtos produzidos nos arredores férteis da cidade ou vindos de paragens longínquas através dos inúmeros mercadores, habituais nestas paragens. A Judiaria da cidade desenvolvendo-se por sua vez em área próxima, interligava o poder económico de ambas as culturas. O pelourinho e fonte pública abastecida com água proveniente de poço do município, situado no interior da zona amuralhada primitiva, constituíam então equipamentos urbanos de marcante significado nesta praça Com o bulício crescente que este espaço foi adquirindo a casa real transferiu o seu paço para zona mais desafogada e calma, embora situada mais afastada do centro económico da cidade. Reforçou assim, involuntariamente, a importância da via que saindo da Praça dava acesso ao seu Paço, novo local decisório sempre que aí estivesse. Mais do que os traçados as Praças vivem, transformam-se e perduram através das funções e poderes nelas instituídas ao longo dos séculos. São estes que definem, reforçam ou mesmo anulam progressivamente a vivencia de tais espaços públicos.
URI: http://hdl.handle.net/10174/4996
Type: lecture
Appears in Collections:ARQ - Comunicações - Em Congressos Científicos Internacionais

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