Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/3716

Title: A «JUNTA DE EDUCAÇÃO NACIONAL» e a instalação da investigação científica em Portugal no período entre as duas guerras mundiais
Authors: Fitas, Augusto J. S.
Keywords: História da Ciência
História das Ciências em Portugal
Issue Date: Mar-2011
Publisher: Workshop «A actividade da Junta de Educação Nacional (um projecto de investigação)» (Universidade de Évora, 25 de Março de 2011)
Citation: Augusto J. S. Fitas (2011). A «JUNTA DE EDUCAÇÃO NACIONAL» e a instalação da investigação científica em Portugal no período entre as duas guerras mundiais. Comunicação apresentada no Workshop «A actividade da Junta de Educação Nacional (um projecto de investigação)» (Universidade de Évora, 25 de Março de 2011)
Abstract: Já desde o sec. XIX que o atraso do país em matéria de investigação e ensino era notório e sentido pelos poderes públicos, contudo a vontade política de actuar sobre esta situação, através dos meios legislativos e financeiros necessários, era muito débil, quase inexistente. As medidas lançadas pela reforma republicana do ensino superior obrigavam, em parte, a uma renovação dos quadros, o que implicaria, da parte destes, uma aprendizagem na Europa cientificamente mais avançada. No país vizinho, já em 1907, exactamente com o propósito de combater o atraso científico e procurando de um modo decidido aproximar-se da Europa desenvolvida, avançaram com a criação da «Junta para Ampliación de Estudios y Investigaciones Científicas». Um exemplo inicialmente ignorado, mas a que a República Portuguesa, a partir de 1916, deu atenção. Os políticos republicanos, após várias tentativas falhadas, conseguem, quando António Sérgio se encontra à frente do Ministério da Instrução, apresentar um diploma de criação de uma «Junta de Orientação dos Estudos» (JOE). A exemplo de tentativas anteriores, o Parlamento chumbou o projecto. Foi após o 28 de Maio, com uma ditadura militar sem quaisquer planos para inovar no ensino e onde a contenção de despesas neste sector era uma regra, que o ministro da instrução em 1929, seguindo a orientação do seu predecessor, promulgou o decreto criador de uma nova Junta, a de Educação Nacional (JEN), não a de Orientação dos Estudos, tendo-lhe sido atribuído os recursos financeiros indispensáveis para o seu funcionamento. Este organismo funcionará até 1936… Assim, a partir de 1929-30, algumas dezenas de licenciados passaram a dispor de condições para, em países europeus, realizarem estágios e melhorarem a sua formação técnico-científica ou iniciarem uma carreira científica orientada por cientistas internacionalmente reconhecidos. Também a partir de 1928-29 se assistiu à entrega de subsídios a «centros de estudo, oficiais ou particulares, incorporados ou não nas Universidades ou Escolas Superiores quando se mostre: (…) que se consagram exclusivamente à investigação científica (…) que, nos últimos anos demonstraram produtividade suficiente, tendo os seus trabalhos merecido citações ou apreciações de especialistas nacionais e estrangeiros». Foi também a JEN, a exemplo das suas congéneres de outros países europeus, que desenvolveu um esquema de bolsas «internas» tendentes a apoiar a «dedicação plena» à investigação. O estudo do papel desenvolvido pela Junta de Educação Nacional é crucial para entender a instalação institucional da investigação científica em Portugal que se começa a desenvolver no período entre as duas guerras mundiais.
URI: http://hdl.handle.net/10174/3716
Type: lecture
Appears in Collections:CEHFC - Comunicações - Em Congressos Científicos Nacionais

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