DSpace Collection:http://hdl.handle.net/10174/2212024-03-28T17:14:47Z2024-03-28T17:14:47ZA espantosa ideia de a arte poder ser uma manifestação da sobrevivênciaCabeça, Paulohttp://hdl.handle.net/10174/364422024-03-18T16:25:22Z2023-01-01T00:00:00ZTitle: A espantosa ideia de a arte poder ser uma manifestação da sobrevivência
Authors: Cabeça, Paulo
Abstract: O espanto 3 é "uma virtude que vale a pena promover em nós mesmos e nos outros" (Kearns. 2015). Tentamos neste artigo-que é parte integrante da tese em história de arte que desenvolve o autor, de titulo O"Artesanato" como processo criativo: o exemplo da Barrística. Contributo para uma reflexão sobre a criatividadeanalisar uma possibilidade que nos causa esse espanto. A possibilidade de a arte ser uma resposta de sobrevivência no ser humano (Cabeça. 2022a.). Analisamos as respostas cognitivas psicológicas, perante a arte, quer do ser humano primitivo, quer do homem moderno. Vamos neste ensaio especular sobre a espantosa ideia, trans disciplinar, da possibilidade de o comportamento simbólico, que origina a arte, além de não ser um exclusivo humano (Gentile. 2021) possa ser uma eventual consequência do processo e da luta pela sobrevivência da espécie. A criatividade, sendo fundamental também na base da produção artística, é de facto, comprovadamente, um mecanismo de sobrevivência em variadas espécies animais (Kaufman 2016. 4, pp. 29-36). A neurobiologia faz propostas de compreensão do mecanismo criativo também como um de projeção e associação de imagens do subconsciente (Coolidge et al. 2023), para melhor eficiência na relação do ser vivo com o meio ambiente onde tenta sobreviver. A Arte, ou representação simbólica, enquanto fenómeno da espécie Homo sapiens e possivelmente suas antecessoras, como a do Homo neanderthal (Marquet et al. 2023) ou até mesmo na do Homo habilis/rudolfensis ou mesmo Homo erectus (Harrod, 2014), pode ter a sua origem neste fenómeno neurológico.2023-01-01T00:00:00Z“O Actor-Bailarino do Tchiloli”Alves Pereira, Paulohttp://hdl.handle.net/10174/80962013-01-30T17:00:23Z2012-11-30T00:00:00ZTitle: “O Actor-Bailarino do Tchiloli”
Authors: Alves Pereira, Paulo
Abstract: O tema escolhido para a lição síntese (O Actor-Bailarino do Tchiloli de São Tomé), da unidade didáctica “Teatralidade e Lusofonia” pareceu-nos adequado para umas provas deste género, pois permite abordarmos, numa perspectiva antropológica e teatrológica, as especificidades da criatividade cultural num determinado espaço físico e temporal. Reparemos que o Tchiloli reúne, em si, universos culturais de proveniências muito díspares, quer em termos geográficos e contextos históricos distintos, quer dentro do ponto de vista ritualístico-religioso.
O Tchiloli, para além da representação de uma peça de teatro, é de certa forma um ritual dos mortos devidamente camuflado, assumindo-se simultâneamente como um discurso de natureza ‘bachtiana’. Permite-nos abordar questões do forum da teatralidade em manifestações performativas populares com um fundo religioso de natureza sincrética, bem como questões relativas à transversalidade de cultura e, ainda aspectos relacionados com o fenómeno da inversão do discurso como estratégia de resistência, primeiramente anti-colonial e depois contra os abusos de poder numa realidade pós-independência. Tal como em Bachtin , também aqui se pode lêr, nas entre-linhas, uma outra proposta semiótica. A tragédia (assim designada) mistura-se com aspectos de comicidade. O riso é estratégicamente provocado como atitude crítica contra as condições criadas pelo poder do status quo ante. Naturalmente que a corporalidade dos actores/bailarinos (aqui designados por figurantes), assim como a utilização que os mesmos fazem de toda uma série de adereços (aparentemente descontextualizada da história) obriga-nos a compreender esta performance, em particular e, a teatralidade das manifestações culturais, em geral, como um processo de natureza global, para além da extrema capacidade de apropriação e/ou descodificação de vários significados realizados pelos diversos povos.2012-11-30T00:00:00ZRELATÓRIO DA DISCIPLINA: PRÁTICA DE DIRECҪÃO DE ACTORESAlves Pereira, Paulohttp://hdl.handle.net/10174/80812013-01-30T16:14:16Z2012-11-29T00:00:00ZTitle: RELATÓRIO DA DISCIPLINA: PRÁTICA DE DIRECҪÃO DE ACTORES
Authors: Alves Pereira, Paulo
Abstract: É uma disciplina pensada para alunos de licenciatura em Teatro como introdução ao exercício de uma componente fundamental de um possível ramo da sua futura actividade profissional – a Direcção de Actores, parte indissociável da Encenação. Pretendeu-se pôr à disposição destes formandos uma visão actualizada e abrangente dos problemas e desafios que se colocam, hoje em dia, ao profissional em Teatro e à necessidade que este muitas vezes tem, para fazer face às exigências que se lhe põem, quer dentro do ponto de vista técnico, quer dentro de novos parâmetros concepcionais; esta visão seria, assim, contextualizada numa perspectiva europeia, embora naturalmente preocupada com os contornos que apresenta em Portugal.
Pareceu-nos, ainda, adequado e pertinente restringir os conteúdos da disciplina à problemática da iniciação na prática da direcção de actores, uma vez que é nesta cadeira que os alunos irão ter o seu primeiro contacto com este tipo de actividade e, depois, porque o tempo dedicado à cadeira não permitiria ir mais além. No entanto, os fundamentos e princípios que regem esta prática são aqui lançados e não será difícil transpor os conhecimentos aqui obtidos para futuros contextos com os quais os formandos se irão deparar e que desde já levantamos as grandes questões de base, para as quais enunciamos algumas soluções.
A opção pela designação “Prática” de Direcção de Actores para o título da disciplina, radica na pretensão de abordar as questões tratadas na cadeira mais numa vertente prática e sistémica. De facto, aceitamos aqui por “prática” - partindo do pressuposto de que não existe teoria sem prática, nem prática sem teoria que a fundamente - uma aplicação de conceitos em situações problemáticas, de forma estruturada, baseada nas várias correntes teóricas, ou escolas, quer em evidências quer em analogias, fornecendo explicações plausíveis sobre determinadas técnicas ligadas, ou relacionadas com a direcção de actores. Esta “prática” sistematizada propõe-se a levar os formandos a saberem utilizar todo um conjunto de estratégias, bem como conceitos estruturantes, referentes à arte e à capacidade de dirigir actores.2012-11-29T00:00:00Z